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Autor de atentado no Ano Novo em Istambul é preso na Turquia

16/01/2017 21h42

(Atualiza com mais detalhes).

Istambul, 16 jan (EFE).- A polícia da Turquia prendeu nesta segunda-feira o autor do atentado que provocou a morte de 39 pessoas na boate Reina, em Istambul, na noite do Ano Novo, informou a agência de notícias turca "Anadolu".

O atirador, identificado como Abulkadir Masharipov, de origem centro-asiática, foi capturado pelos agentes no bairro Esenyurt da capital, acrescentou o jornal "Hürriyet".

Segundo este jornal, Masharipov estava junto com seu filho de quatro anos quando foi detido em uma operação na qual o suspeito foi rendido sem ferimentos graves.

Junto com Masharipov foram detidas outras quatro pessoas, três mulheres e um homem do Quirguistão, acrescentou a "Anadolu".

Por sua vez, a emissora "NTV" exibiu imagens que mostram um grupo de policiais, todos à paisana, levando o suspeito algemado, e agarrado pelo pescoço e braços, por uma rua para introduzi-lo em um carro e levá-lo depois a um lugar onde era esperado por viaturas.

Essa emissora assegurou ainda que o suposto terrorista foi detido na casa de um amigo do Quirguistão, à qual tinha chegado há três dias.

A "NTV" mostrou também uma fotografia na qual se vê o suspeito agarrado pelo pescoço e com marcas de golpes no rosto e sangue derramado sobre sua camiseta.

O detido foi levado à delegacia central de Vatan, em Istambul, enquanto prosseguem outras operações policiais simultâneas contra outras células da mesma rede, de acordo com a "Anadolu".

Segundo notícias divulgadas na imprensa na semana passada, Masharipov era de origem uzbeque, apesar de o governo turco ter afirmado que possivelmente pertencesse à etnia uigur na China e que teria chegado à Turquia a partir do Quirguistão.

O atentado, executado com uma arma automática com a qual o terrorista metralhou os clientes da Reina, foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico.

A polícia turca buscava o foragido desde 1º de janeiro e o fato de o suspeito continuar livre tinha causado certa ansiedade entre a população perante o temor que pudesse cometer outro atentado.

Poucos dias depois do ataque, as forças de segurança detiveram a esposa do suposto autor do ataque no bairro de Maltepe e outros familiares deste na cidade de Konya, no centro da Turquia.

"Soube do ataque pela televisão. Não sabia que meu marido era simpatizante (do EI)", disse a esposa então ao jornal "Cumhuriyet".

Segundo seu relato, o suposto terrorista e sua família chegaram no dia 20 de novembro em um voo do Quirguistão ao aeroporto de Istambul, de onde foram a Ancara e, em 22 de novembro, a Konya.

Ali "alugou um estúdio por 1.100 liras (US$ 300) e pagou três meses (antecipados). Disse que chegou a Konya para buscar trabalho. Em 29 de novembro viajou de carro para Istambul", acrescentou o jornal.

Os jihadistas do EI realizaram 14 atentados na Turquia nos últimos dois anos, que deixaram 250 mortos, entre eles civis, turistas estrangeiros, policiais e soldados.