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Herdeiro de Samsung nega acusações de suborno em caso de corrupção

Yonhap/AFP Photo
Imagem: Yonhap/AFP Photo

Em Seul

19/02/2017 02h20

O herdeiro do grupo Samsung, Lee Jae-yong, voltou neste domingo (19) a negar a acusação de suborno e de outros delitos de que é acusado dentro de um esquema de corrupção, no segundo dia consecutivo de interrogatórios por parte da Promotoria da Coreia do Sul.

O presidente da maior multinacional do país foi detido na sexta-feira (17) como suspeito de suborno e de outros crimes, que fazem parte do escândalo que causou a queda da presidente Park Geun-hye e que também atinge a cúpula das principais empresas sul-coreanas.

Os investigadores suspeitam que o diretor, de 48 anos, autorizou o apoio financeiro da Samsung a Choi Soon-sil, amiga íntima da presidente Park Geun-hye e apelidada de "Rasputina sul-coreana", em troca do sinal verde do governo em um acordo de fusão de duas de suas filiais.

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O Tribunal do Distrito Central de Seul ordenou sua detenção depois que a Promotoria apresentou provas adicionais sobre as acusações de suborno, obstrução à Justiça e violação da lei sobre a transferência de ativos no exterior, entre outros crimes.

Durante o segundo dia consecutivo de interrogatórios, Lee negou todas as alegações e afirmou que as quantidades que a Samsung pagou a organizações vinculadas a Choi foram realizadas sob pressão da presidente Park, disseram fontes do caso à agência sul-coreana Yonhap. O empresário também destacou aos promotores que a Samsung não esperava receber nenhum favor em troca dessas contribuições.

Lee e outros responsáveis da Samsung admitiram previamente ter pagado 43 bilhões de wons (US$ 37 milhões) a entidades supostamente controladas pela "Rasputina". Ele permanecerá detido enquanto a Promotoria inicia formalmente a acusação em um prazo de até 20 dias.