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ONU espera continuar luta por igualdade de gênero ao lado dos EUA com Trump

24/02/2017 17h02

México, 24 fev (EFE).- A diretora adjunta da ONU Mulheres, a indiana Lakshmi Puri, afirmou nesta sexta-feira à Agência Efe que a organização espera manter a aliança com os Estados Unidos na luta pela igualdade de gênero durante a presidência do republicano Donald Trump, protagonista de várias polêmicas de cunho sexista.

"Não gostaria comentar sobre nenhum indivíduo ou líder específico, mas consideramos os EUA um líder global na igualdade de gênero e empoderamento da mulher", afirmou Lakshmi ao ser questionada sobre Trump e suas polêmicas.

O país "foi um porta-voz dos valores em torno da igualdade de gênero e empoderamento da mulher e dos direitos humanos das mulheres".

Por isso, "esperamos que os EUA sigam desempenhando este papel", disse Lakshmi na capital mexicana, onde hoje termina o Fórum Global Cidades e Espaços Públicos Seguros para Mulheres e Meninas, organizado pela ONU Mulheres e inaugurado na última quarta-feira.

A indiana também ressaltou que nos EUA existe já uma forte corrente sobre o tema.

"Contamos com um movimento feminino muito forte, muitas personalidades dentro e fora do governo que podem, esperamos, continuar fortalecendo este papel", detalhou.

Como exemplo, Lakshmi explicou que a ONU Mulheres é "a primeira organização que tem um memorando de entendimento" com a prefeitura Nova York e está desenvolvendo vários programas com as autoridades da cidade, que se transformou em uma das "mais seguras para mulheres e meninas".

Além disso, ressaltou que o país é um dos parceiros "mais fortes e influentes da ONU".

"A política da ONU sobre os EUA ainda exige trabalho para desenvolver esta forte aliança", concluiu.

O Fórum Global Cidades e Espaços Públicos Seguros para Mulheres e Meninas conta com a cooperação da Secretaria de Relações Exteriores (SRE) do México e da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID).

Uma de suas metas é transformar as cidades para que deixem de ser exclusivamente espaços produtivos e se transformem em zonas de integração e convivência, com especial ênfase na proteção das mulheres e meninas.