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Homem que atropelou pedestres na Alemanha se cala em interrogatório

26/02/2017 13h34

Berlim, 26 fev (EFE).- O homem que no sábado atropelou um grupo de pedestres e matou uma pessoa na cidade de Heidelberg, no oeste da Alemanha, permaneceu em silêncio neste domingo em seu primeiro interrogatório pela polícia, que investiga o caso e descarta a hipótese de atentado terrorista e que o ato teve motivações políticas.

A Procuradoria de Heidelberg e a polícia de Mannheim informaram em comunicado conjunto que o homem teve prisão decretada ontem, um estudante alemão de 35 anos sem antecedentes criminais, acusado de homicídio, três tentativas de homicídio e lesões.

O motorista, que foi baleado no estômago durante sua detenção após fugir empunhando uma faca, foi operado e se encontra fora de perigo. Segundo os investigadores, ele alugou o carro há duas semanas em Heidelberg, onde vive.

"Não há nenhum indício que aponte para um cenário terrorista ou extremista", explicaram as autoridades para dissipar temores e evitar paralelismos com o atentado jihadista de dezembro em Berlim, no qual morreram 12 pessoas depois que um caminhão atropelou os visitantes de um mercado de rua.

De acordo com a polícia, o homem lançou seu carro em direção a uma área de pedestres da Praça Bismarck e atropelou um grupo de pessoas que estava em frente a uma padaria.

Uma delas conseguiu desviar do carro, mas outras três ficaram feridas.

Um homem de 73 anos foi levado ao hospital ferido gravemente e morreu poucas horas depois, enquanto um austríaco de 32 anos e uma mulher de 29 natural da Bósnia e Herzegovina foram atendidos no local pelos serviços de emergência e não precisaram ser internados.

Após o atropelamento, o homem desceu do carro e se afastou do local armado com uma faca.

Os agentes o interceptaram e ordenaram que largasse o objeto, mas o agressor tentou atacá-los. Após usar gás pimenta para tentar neutralizá-lo, um policial abriu fogo contra o homem, explicaram as autoridades em seu comunicado.

Ele permanece em observação em uma clínica de Heidelberg até que possa ser levado do hospital para a prisão.