Movimento dominicano pede investigação independente para caso Odebrecht
Santo Domingo, 26 fev (EFE).- O movimento cívico dominicano Marcha Verde afirmou neste domingo que a investigação sobre o esquema de corrupção da construtora brasileira Odebrecht no país não terá resultados confiáveis enquanto for liderada por um procurador-geral que pertence ao Comitê Central do Partido da Libertação Dominicana (PLD).
"Os cidadãos que assinam e apoiam o Livro Verde são conscientes do controle que o PLD e o presidente da República, Danilo Medina, exercem sobre o procurador Jean-Alain Rodríguez e o sistema de Justiça", aponta a organização em um documento público.
"Por tal razão, se exige uma comissão de fiscais independentes acompanhada por especialistas externos das Nações Unidas, no marco da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, a qual tem categoria constitucional", que está recolhendo assinaturas para que sejam adotadas esta e outras medidas para esclarecer do caso.
"Com as primeiras 312.415 assinaturas do Livro Verde (apresentadas esta semana perante as autoridades), exigimos fiscais independentes dos partidos políticos e o acompanhamento da ONU para ter a segurança, a confiança de que neste caso o povo dominicano dará fim à impunidade favorecida pelo o Poder Judiciário, o Congresso e o Poder Executivo", afirma a nota.
"No caso Odebrecht devem ser investigados o presidente Danilo Medina, os ex-presidentes Leonel Fernández (1996-2000, 2004-2008 e 2008-2012) e Hipólito Mejía (2000-2004) e todos os legisladores, funcionários e ex-funcionários que participaram das negociações com a construtora", afirma a Marcha Verde.
"Mais ninguém pode convencer o povo dominicano de que um procurador sem experiência e controlado pelo PLD e pelo presidente Medina vai se a atrever a cumprir com o dever de investigar seus chefes partidários e líderes políticos", indicou o grupo.
Para a Marcha Verde, o Ministério Público dominicano não avança no caso Odebrecht "porque o controle político exercido sobre o procurador impediu que no país fossem executadas detenções, bloqueios de contas, buscas e aprofundamentos que hoje ocorrem nos demais países do continente afetados pelo escândalo internacional".
A organização convidou a população a utilizar a hashtag #AlertaVerde "para reagir perante qualquer tentativa de esconder a vontade popular de terminar com o regime de corrupção e impunidade que mantém o país na pobreza, a desordem institucional e a vergonha internacional."
Segundo documentos publicados em 21 de dezembro pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht pagou aproximadamente US$ 788 milhões em propinas em 12 países, entre eles a República Dominicana, onde a empresa desembolsou US$ 92 milhões para conseguir 17 contratos públicos ao longo de quase duas décadas.
O Ministério Público local chegou a um acordo com a construtora, pendente de homologação judicial, no qual a Odebrecht se comprometeu a pagar US$ 184 milhões, o dobro da quantia que admitiu ter pagado a funcionários entre 2001 e 2014.
"Os cidadãos que assinam e apoiam o Livro Verde são conscientes do controle que o PLD e o presidente da República, Danilo Medina, exercem sobre o procurador Jean-Alain Rodríguez e o sistema de Justiça", aponta a organização em um documento público.
"Por tal razão, se exige uma comissão de fiscais independentes acompanhada por especialistas externos das Nações Unidas, no marco da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, a qual tem categoria constitucional", que está recolhendo assinaturas para que sejam adotadas esta e outras medidas para esclarecer do caso.
"Com as primeiras 312.415 assinaturas do Livro Verde (apresentadas esta semana perante as autoridades), exigimos fiscais independentes dos partidos políticos e o acompanhamento da ONU para ter a segurança, a confiança de que neste caso o povo dominicano dará fim à impunidade favorecida pelo o Poder Judiciário, o Congresso e o Poder Executivo", afirma a nota.
"No caso Odebrecht devem ser investigados o presidente Danilo Medina, os ex-presidentes Leonel Fernández (1996-2000, 2004-2008 e 2008-2012) e Hipólito Mejía (2000-2004) e todos os legisladores, funcionários e ex-funcionários que participaram das negociações com a construtora", afirma a Marcha Verde.
"Mais ninguém pode convencer o povo dominicano de que um procurador sem experiência e controlado pelo PLD e pelo presidente Medina vai se a atrever a cumprir com o dever de investigar seus chefes partidários e líderes políticos", indicou o grupo.
Para a Marcha Verde, o Ministério Público dominicano não avança no caso Odebrecht "porque o controle político exercido sobre o procurador impediu que no país fossem executadas detenções, bloqueios de contas, buscas e aprofundamentos que hoje ocorrem nos demais países do continente afetados pelo escândalo internacional".
A organização convidou a população a utilizar a hashtag #AlertaVerde "para reagir perante qualquer tentativa de esconder a vontade popular de terminar com o regime de corrupção e impunidade que mantém o país na pobreza, a desordem institucional e a vergonha internacional."
Segundo documentos publicados em 21 de dezembro pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht pagou aproximadamente US$ 788 milhões em propinas em 12 países, entre eles a República Dominicana, onde a empresa desembolsou US$ 92 milhões para conseguir 17 contratos públicos ao longo de quase duas décadas.
O Ministério Público local chegou a um acordo com a construtora, pendente de homologação judicial, no qual a Odebrecht se comprometeu a pagar US$ 184 milhões, o dobro da quantia que admitiu ter pagado a funcionários entre 2001 e 2014.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.