Parentes de Maduro têm novo julgamento negado e serão condenados em junho
Nova York, 24 mar (EFE).- O juiz Paul Crotty, que preside em Nova York o caso de narcotráfico contra dois parentes do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou nesta sexta-feira o pedido de um novo julgamento feito pela defesa e estabeleceu o dia 26 de junho para a leitura da sentença.
Em novembro do ano passado, Efraín Antonio Campo Flores e Franqui Francisco Flores de Freitas, sobrinhos da primeira-dama da Venezuela, a senadora Cilia Flores, foram considerados culpados de conspirar para exportar 800 quilos de cocaína aos EUA por um tribunal de Manhattan.
Durante o julgamento, que durou nove dias, a promotoria apresentou depoimentos de agentes da Agência Antidrogas Americana (DEA), assim como fotos e gravações de suas reuniões com informantes do governo, entre eles José Santos Peña.
Santos Peña, que foi a testemunha principal da promotoria, agora está preso por tráfico de drogas, o que fazia enquanto colaborava com a agência federal.
Durante o julgamento, a defesa provou que Santos Peña tinha mentido à DEA, mas não conseguiu fazer com que o juiz Paul Crotty o descartasse como testemunha.
Os advogados da defesa impugnaram em janeiro o veredicto de culpabilidade, solicitaram que fosse anulado e que se realizasse um novo julgamento alegando que o júri foi contaminado pelo falso depoimento dessa testemunha da promotoria.
A defesa também argumentou ao juiz que a promotoria nunca pôde provar que Campo Flores e Flores de Freitas tentavam transportar uma carga de 800 quilos de droga, que supostamente enviariam da Venezuela, usando uma rampa exclusiva do avião presidencial, a Honduras e de lá para os EUA.
Segundo a decisão de Crotty, apesar de ser certo que os acusados tinham razão ao indicar que nas gravações usadas como evidência durante o julgamento nunca manifestaram explicitamente que estavam de acordo em enviar a droga aos EUA, isso "não é necessário".
"Ambos os acusados concederam em suas confissões que o informante os disse que a droga tinha como destino os EUA", relatou o magistrado, que em sua decisão de 15 páginas rejeita um por um cada argumento usado pela defesa para pedir o novo julgamento.
O juiz indicou que embora a testemunha tenha mentiu durante o julgamento, o tribunal não pode concluir que isso tenha influído na decisão do júri. Afirmou também que os acusados falharam em provar que a evidência não foi suficiente para apoiar o veredicto.
Campo Flores e Flores de Freitas foram detidos no Haiti pela DEA e militares do país em 15 de novembro do 2015 e extraditados no mesmo dia para os Estados Unidos.
Em novembro do ano passado, Efraín Antonio Campo Flores e Franqui Francisco Flores de Freitas, sobrinhos da primeira-dama da Venezuela, a senadora Cilia Flores, foram considerados culpados de conspirar para exportar 800 quilos de cocaína aos EUA por um tribunal de Manhattan.
Durante o julgamento, que durou nove dias, a promotoria apresentou depoimentos de agentes da Agência Antidrogas Americana (DEA), assim como fotos e gravações de suas reuniões com informantes do governo, entre eles José Santos Peña.
Santos Peña, que foi a testemunha principal da promotoria, agora está preso por tráfico de drogas, o que fazia enquanto colaborava com a agência federal.
Durante o julgamento, a defesa provou que Santos Peña tinha mentido à DEA, mas não conseguiu fazer com que o juiz Paul Crotty o descartasse como testemunha.
Os advogados da defesa impugnaram em janeiro o veredicto de culpabilidade, solicitaram que fosse anulado e que se realizasse um novo julgamento alegando que o júri foi contaminado pelo falso depoimento dessa testemunha da promotoria.
A defesa também argumentou ao juiz que a promotoria nunca pôde provar que Campo Flores e Flores de Freitas tentavam transportar uma carga de 800 quilos de droga, que supostamente enviariam da Venezuela, usando uma rampa exclusiva do avião presidencial, a Honduras e de lá para os EUA.
Segundo a decisão de Crotty, apesar de ser certo que os acusados tinham razão ao indicar que nas gravações usadas como evidência durante o julgamento nunca manifestaram explicitamente que estavam de acordo em enviar a droga aos EUA, isso "não é necessário".
"Ambos os acusados concederam em suas confissões que o informante os disse que a droga tinha como destino os EUA", relatou o magistrado, que em sua decisão de 15 páginas rejeita um por um cada argumento usado pela defesa para pedir o novo julgamento.
O juiz indicou que embora a testemunha tenha mentiu durante o julgamento, o tribunal não pode concluir que isso tenha influído na decisão do júri. Afirmou também que os acusados falharam em provar que a evidência não foi suficiente para apoiar o veredicto.
Campo Flores e Flores de Freitas foram detidos no Haiti pela DEA e militares do país em 15 de novembro do 2015 e extraditados no mesmo dia para os Estados Unidos.
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