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ONU não confirma se corpos achados na RDC são de especialistas desaparecidos

28/03/2017 14h33

Nações Unidas, 28 mar (EFE).- Um porta-voz da ONU evitou nesta terça-feira confirmar se os dois corpos achados nas últimas horas na República Democrática do Congo (RDC) são de dois especialistas das Nações Unidas que tinham desaparecido em 12 de março.

Segundo informações oficiais do governo da RDC, os corpos são os dos especialistas da ONU Michael Sharp, americano, e de Zids Catalan, sueca, embora outras fontes assegurem que tem dupla nacionalidade sueca e chilena.

Em sua entrevista coletiva diária, o porta-voz da ONU Farhan Haq confirmou o achado dos corpos e disse que estão sendo examinados "para determinar se efetivamente" são os dos especialistas que estavam desaparecidos.

"Neste momento não podemos confirmar se são os restos de nossos analistas. Esperamos entregar informação sobre este tema em breve", acrescentou o porta-voz.

Haq afirmou que, de qualquer forma, quando tiver "informação verificada", será entregue aos responsáveis da missão da ONU nesse país, a suas famílias e "às autoridades da Suécia, Estados Unidos, Chile e RDC".

Os relatórios mais recentes das autoridades congolesa identificavam Catalan como sueca, embora relatórios de outras fontes divulgados quando aconteceu o sequestro indicaram que a especialista da ONU tinha duplo nacionalidade.

Sharp e Catalan desapareceram em 12 de março junto a seu intérprete congolês e três motoristas enquanto investigavam abusos dos direitos humanos na capital provincial de Kasai-Central, Kananga.

O grupo foi sequestrado, segundo algumas informações, por milicianos do morto líder tradicional Kamuina Nsapu, um dos grupos armados ativos neste volátil país africano.

Os dois corpos que estão sendo identificados foram localizados na província de Kasai Central. Segundo informou desde Kinshasa, a polícia segue buscando o resto da equipe.

Sharp e Catalan eram membros do grupo de analistas criado pela ONU para vigiar as sanções impostas à RDC pelo Conselho de Segurança.

A ONU tem desdobrada desde 1999 uma missão no terreno (Monusco) para contribuir à estabilização do país, imerso em um frágil processo de paz desde a segunda guerra do Congo (1998-2003).