Procuradora-geral da Venezuela estima em 90 as mortes em protestos no país
Caracas, 4 jul (EFE).- A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, disse nesta terça-feira que a violência suscitada durante a onda de protestos que abala o país há três meses já deixou um saldo de 90 mortos e de 4.658 pessoas processadas na Justiça por diferentes crimes.
"Noventa pessoas morreram até hoje. Temos 4.658 processados não somente pelas mortes e lesões, mas também por danos a propriedades públicas e privadas", assegurou a procuradora-geral em um pronunciamento na sede do Ministério Público em Caracas.
Até agora, o órgão deu detalhes de 85 desses casos e informou que cerca de 1.500 pessoas sofreram lesões durante a onda de manifestações.
A procuradora-geral reiterou que a instituição examinou "cada um dos fatos que ocorreram durante os meses de violência" e lamentou que, em "muitas" das mortes registradas durante as manifestações, o MP enfrentou "obstáculos" e não pôde realizar a ação penal.
"Pedimos a prisão preventiva de alguns indivíduos, mas os corpos policiais não fizeram efetivas tais ordens de captura", afirmou a procuradora-geral.
Além disso, Luisa considerou como um "grande obstáculo" o fato de a Justiça Militar estar processando civis e rejeitar que o Ministério Público possa verificar as condições desses detidos.
A procuradora-geral disse também que o MP determinou a responsabilidade de "muitos" nos crimes cometidos e acrescentou que pelo menos 70 pessoas foram acusadas formalmente por um ou mais delitos.
A procuradora-geral se distanciou do governo chavista ao denunciar a ruptura do tecido constitucional por parte do Tribunal Superior de Justiça e ao se opor à mudança na Constituição que está sendo promovida por Maduro, o que fez com que fosse chamada de "traidora" pelos chavistas.
Além disso, o TSJ iniciou hoje um processo contra Luisa Ortega Díaz que poderia acabar com sua destituição.
"Noventa pessoas morreram até hoje. Temos 4.658 processados não somente pelas mortes e lesões, mas também por danos a propriedades públicas e privadas", assegurou a procuradora-geral em um pronunciamento na sede do Ministério Público em Caracas.
Até agora, o órgão deu detalhes de 85 desses casos e informou que cerca de 1.500 pessoas sofreram lesões durante a onda de manifestações.
A procuradora-geral reiterou que a instituição examinou "cada um dos fatos que ocorreram durante os meses de violência" e lamentou que, em "muitas" das mortes registradas durante as manifestações, o MP enfrentou "obstáculos" e não pôde realizar a ação penal.
"Pedimos a prisão preventiva de alguns indivíduos, mas os corpos policiais não fizeram efetivas tais ordens de captura", afirmou a procuradora-geral.
Além disso, Luisa considerou como um "grande obstáculo" o fato de a Justiça Militar estar processando civis e rejeitar que o Ministério Público possa verificar as condições desses detidos.
A procuradora-geral disse também que o MP determinou a responsabilidade de "muitos" nos crimes cometidos e acrescentou que pelo menos 70 pessoas foram acusadas formalmente por um ou mais delitos.
A procuradora-geral se distanciou do governo chavista ao denunciar a ruptura do tecido constitucional por parte do Tribunal Superior de Justiça e ao se opor à mudança na Constituição que está sendo promovida por Maduro, o que fez com que fosse chamada de "traidora" pelos chavistas.
Além disso, o TSJ iniciou hoje um processo contra Luisa Ortega Díaz que poderia acabar com sua destituição.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.