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Procurador-geral dos EUA visita prisão de Guantánamo para apoiar uso do local

07/07/2017 14h26

Washington, 7 jul (EFE).- O procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, visita nesta sexta-feira a prisão da base militar de Guantánamo, no sudeste de Cuba, para mostrar seu apoio ao uso dessa instalação no futuro, segundo disse à Agência Efe um dos porta-vozes do Departamento de Justiça, Ian Prior.

O porta-voz especificou que Sessions e seu "número dois", Rod Rosenstein, deve se reunir com "o pessoal sobre o terreno que lidera os amplos esforços do Governo" na base de Guantánamo, bem como obter informação "utilizada" das operações atuais.

"Os recentes ataques na Europa e em outros lugares confirmam que a ameaça à nossa nação imediata e real, e ainda é essencial usarmos todas as ferramentas disponíveis para prevenir quantos ataques sejam possíveis", disse Prior.

Sessions, um dos assessores mais próximos ao presidente dos EUA, Donald Trump, já expressou seu apoio ao centro de detenção de supostos terroristas da base de Guatánamo em março, durante uma reunião com o conservador locutor da rádio Hugh Hewitt.

"É um lugar muito bom para prender este tipo de criminosos perigosos", disse então Sessions.

O ex-presidente Barack Obama (2009-2017) prometeu fechar Guantánamo ao poder em 2009 e, ainda que não pôde cumprir com sua promessa, conseguiu reduzir a população carcerária de 242 a 41 presos com a transferência de quase 200 indivíduos a terceiros países.

Durante a campanha eleitoral, Trump se mostrou contrário à liberdade de presos e, além disso, prometeu manter e aumentar essa prisão para enchê-la de "tipos maus".

A prisão de Guantánamo chegou a hospedar 800 presos pouco após sua abertura, ordenada pelo então presidente americano George W. Bush (2001-2009), após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.