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Rússia desmente ter bombardeado zonas residenciais em Idlib, na Síria

26/09/2017 07h37

Moscou, 26 set (EFE).- A Rússia desmentiu nesta terça-feira ter bombardeado ontem populações da província síria de Idlib, como denunciou o Observatório Sírio de Direitos Humanos, que informou sobre pelo menos 37 mortos entre os civis, incluindo os 12 menores e sete mulheres.

"A aviação da Rússia não bombardeia núcleos populacionais. As afirmações do Observatório, que como de costume entrevista testemunhas anônimas e voluntários, não se sustentam e servem de 'tampa informativa' para as ações dos milicianos da Frente Al Nusra", aponta um comunicado divulgado pelo Ministério de Defesa russo.

Segundo Moscou, os aviões russos atacaram nas últimas 24 horas dez alvos dos terroristas na província de Idlib, controlada quase totalmente por facções islamitas, incluída Frente Al Nusra, antiga filial da Al Qaeda.

"Trata-se de alvos situados longe das populações como bases subterrâneas dos milicianos, sistemas de artilharia e oficinas para armar veículos" usados pelos jihadistas, acrescenta a nota de Defesa.

Enquanto isso, segundo o Observatório os bombardeios, por parte de aviões sírios e russos e helicópteros militares tiveram como alvo várias localidades.

A ONG destacou que nos últimos sete dias a província de Idlib, e o norte e nordeste da vizinha Hama sofreram mais de 1,1 mil bombardeios.

A organização opositora denunciou que os ataques aéreos se intensificaram na semana passada depois que em 15 de setembro os participantes na conferência de Astana sobre o conflito sírio - na qual atuam como fiadores Rússia, a Turquia e o Irã - acordaram a criação de zonas desmilitarizadas em Idlib e o norte de Hama para aplacar a violência.