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UE diz que poderá acolher pelo menos 50 mil refugiados em 2 anos

27/09/2017 10h26

Bruxelas, 27 set (EFE).- A Comissão Europeia (CE) propôs nesta quarta-feira acolher nos países da União Europeia pelo menos 50 mil refugiados de países da África e do Oriente Médio ao longo dos dois próximos anos.

O comissário europeu de Migração e Interior, Dimitris Avramopoulos, revelou em coletiva de imprensa hoje os detalhes de um novo esquema de reassentamento de refugiados, projetos financiados com fundos comunitários para fomentar a imigração legal e novas medidas para uma política de retorno mais eficaz. As ações serão aplicadas até outubro de 2019, sobre a base do atual, que permitiu a acolhida de, aproximadamente, 23 mil pessoas na UE nos últimos dois anos.

A Comissão Europeia reservou 500 milhões de euros para apoiar os Estados-membros nos esforços para a realocação dos refugiados. Segundo ele, é preciso manter a acolhida de pessoas da Turquia e do Oriente Médio e aumentar a recepção da população vulnerável do norte e do nordeste da África.

Para ele, o acolhimento dessas pessoas através de vias legais contribui para estabilizar os fluxos migratórios na região central do Mediterrâneo e ajuda o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR) a estabelecer um mecanismo de evacuação de emergência a partir da Líbia. Conforme explicou, as propostas anunciadas hoje completam as planejadas pelo bloco em 4 de julho e que até agora se traduziram em 14 mil compromissos de acolhida de refugiados por parte de 11 países integrantes.

Hoje, a Comissão também incentivou a criação de iniciativas de patrocínio privado nos países-membros para que grupos e organizações da sociedade civil possam financiar os reassentamentos e propôs a criação de projetos para estimular a imigração legal com países que demonstrem compromisso político em encontrar soluções para combater a imigração irregular e facilitar a readmissão dos imigrantes.

No marco destes esforços, a Comissão tem previsto analisar se o atual sistema de vistos para a Europa ainda responde aos desafios atuais e estudar se é necessário modernizá-lo.