Ex-prefeita de Lima é impedida de sair do Peru devido a caso de corrupção
Lima, 27 nov (EFE).- Um juiz peruano proibiu nesta segunda-feira que Susana Villarán, ex-prefeita de Lima, de sair do país devido à suspeita de ela ter recebido ilegalmente dinheiro das construtoras brasileiras Odebrecht e OAS.
O juiz Manuel Chuyo, titular do Terceiro Tribunal de Investigação Preparatória, determinou que a proibição dure oito meses. Também está proibido de deixar o país o ex-gerente municipal de gestão durante o governo de Villarán, José Miguel Castro.
Na decisão, o juiz considerou que existem depoimentos de delatores, entregas de dinheiro e ligações telefônicas que precisam ser verificadas pelo Ministério Público do Peru.
Acompanhada na audiência por seu advogado, Villarán disse a jornalistas que é inocente. "Estou absolutamente disponível para colaborar com a Justiça e esclarecer que sou absolutamente inocente dos fatos dos quais sou acusada", destacou.
Na última sexta-feira, a Promotoria abriu uma investigação preliminar contra a ex-prefeita, acusada de receber US$ 3 milhões para financiar de maneira irregular uma campanha para evitar seu afastamento do cargo em 2013.
Uma equipe especial do Ministério Público abriu a investigação após receber informações de um colaborador, que, segundo a imprensa local, é o publicitário brasileiro Valdemir Garreta.
Garreta teria afirmado a promotores peruanos que recebeu US$ 3 milhões da Odebrecht e da OAS para realizar uma campanha contra o processo de impeachment da ex-prefeita de Lima.
Segundo o depoimento do publicitário, divulgado pelo jornal "El Comércio", Garreta recebeu um contato pelo publicitário Luis Favre, que o perguntou sobre a possibilidade de assumir a campanha de Villarán, o que acabou ocorrendo posteriormente.
"Pelo trabalho foi acertada uma remuneração de US$ 3 milhões", disse Garreta, revelando que Castro seria o responsável pelos pagamentos.
O ex-diretor da Odebrecht no Peru Jorge Barata corroborou as revelações de Garreta em um depoimento prestado aos promotores em janeiro. Na época, ele afirmou que o dinheiro era uma doação à campanha de uma personagem que tinha uma importante projeção política no país naquele momento.
Villarán disse nas redes sociais que as declarações de Barata e Garreta são falsas.
O caso Odebrecht no Peru investiga os US$ 29 milhões que a construtora admitiu ter pagado a servidores do país em 2005 e 2014, em troca de obter contratos milionários de obras públicas.
Esse período compreende os governos de Alejandro Toledo (2001-2006), contra quem há uma ordem de prisão internacional, Alan García (2006-2011), incluído nas investigações sobre o Metrô de Lima, e Ollanta Humala (20011-2016), preso acusado de financiar irregularmente suas campanhas eleitorais.
O juiz Manuel Chuyo, titular do Terceiro Tribunal de Investigação Preparatória, determinou que a proibição dure oito meses. Também está proibido de deixar o país o ex-gerente municipal de gestão durante o governo de Villarán, José Miguel Castro.
Na decisão, o juiz considerou que existem depoimentos de delatores, entregas de dinheiro e ligações telefônicas que precisam ser verificadas pelo Ministério Público do Peru.
Acompanhada na audiência por seu advogado, Villarán disse a jornalistas que é inocente. "Estou absolutamente disponível para colaborar com a Justiça e esclarecer que sou absolutamente inocente dos fatos dos quais sou acusada", destacou.
Na última sexta-feira, a Promotoria abriu uma investigação preliminar contra a ex-prefeita, acusada de receber US$ 3 milhões para financiar de maneira irregular uma campanha para evitar seu afastamento do cargo em 2013.
Uma equipe especial do Ministério Público abriu a investigação após receber informações de um colaborador, que, segundo a imprensa local, é o publicitário brasileiro Valdemir Garreta.
Garreta teria afirmado a promotores peruanos que recebeu US$ 3 milhões da Odebrecht e da OAS para realizar uma campanha contra o processo de impeachment da ex-prefeita de Lima.
Segundo o depoimento do publicitário, divulgado pelo jornal "El Comércio", Garreta recebeu um contato pelo publicitário Luis Favre, que o perguntou sobre a possibilidade de assumir a campanha de Villarán, o que acabou ocorrendo posteriormente.
"Pelo trabalho foi acertada uma remuneração de US$ 3 milhões", disse Garreta, revelando que Castro seria o responsável pelos pagamentos.
O ex-diretor da Odebrecht no Peru Jorge Barata corroborou as revelações de Garreta em um depoimento prestado aos promotores em janeiro. Na época, ele afirmou que o dinheiro era uma doação à campanha de uma personagem que tinha uma importante projeção política no país naquele momento.
Villarán disse nas redes sociais que as declarações de Barata e Garreta são falsas.
O caso Odebrecht no Peru investiga os US$ 29 milhões que a construtora admitiu ter pagado a servidores do país em 2005 e 2014, em troca de obter contratos milionários de obras públicas.
Esse período compreende os governos de Alejandro Toledo (2001-2006), contra quem há uma ordem de prisão internacional, Alan García (2006-2011), incluído nas investigações sobre o Metrô de Lima, e Ollanta Humala (20011-2016), preso acusado de financiar irregularmente suas campanhas eleitorais.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.