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"Continuamos buscando o submarino com todos os esforços", diz Marinho

29/11/2017 14h48

Buenos Aires, 29 nov (EFE).- A Marinha argentina reconheceu nesta quarta-feira que ainda não conseguiu encontrar o submarino ARA San Juan, desaparecido há duas semanas em águas do Atlântico com 44 tripulantes a bordo, e explicou que segue aplicando "todos os esforços" e a mais "alta tecnologia" para encontrá-lo.

"A meteorologia é boa. Amanhã vai ser melhor que hoje com ventos moderados de noroeste, menos de dois metros de altura de onda, que é muito bom para a varredura", explicou o capitão de navio Enrique Balbi, em entrevista hoje perante a imprensa em Buenos Aires.

O porta-voz da Marinha disse que oito navios nacionais e internacionais se encontram na zona de busca para realizar a varredura dentro do mar, e detalhou que já se chegou a 68% do rastreamento no local onde acredita-se que o submarino pode estar, com base na explosão registrada no oceano pouco depois de desaparecer.

"Continuamos com a busca pelo submarino desde o primeiro dia contudo o esforço. Estamos esgotando tudo o equipamento de alta tecnologia dos oito navios que está na zona fazendo a varredura de todo o fundo, mapeando o perfil", afirmou Balbi, que afirmou que "é muito difícil estimar" quando se chegará a 100% de rastreamento, já que vai depender da meteorologia.

A área de operações chega a 40 mil quilômetros quadrados, dos quais a maior concentração de busca é de 4 mil km, equivalente a 20 vezes a superfície da cidade de Buenos Aires.

Atualmente, entre os 200 e os 1000 metros é a profundidade na qual o submarino é procurado.

Na zona, a 430 quilômetros do litoral argentino, já se encontra a embarcação norueguesa Sophie Siem, que foi modificada para levar a bordo um minisubmarino de resgate dos Estados Unidos que pode descer até 600 metros de profundidade, mas que não poderá ser usado até que o ARA San Juan seja localizado.

Além disso, está previsto que nesta noite chegue ao porto austral de Comodoro Rivadavia, base de operações da busca, a embarcação da Marinha Argentina ARA Islas Malvinas, para embarcar um veículo submersível remoto de origem russa que tem um alcance operacional de imersão de 1000 metros.

O porta-voz se referiu também à divulgação nas últimas horas de um suposto comunicado que dava conta do achado do submarino.

A respeito, fez um crítica dizendo que com esse tipo de informações falsas estão brincando com os sentimentos dos familiares dos 44 tripulantes, que aguardam com incerteza na cidade na província de Buenos Aires de Mar del Plata, onde há 10 dias deveria ter chegado o submarino após realizar uma viagem desde o porto austral de Ushuaia.

E acrescentou que a busca não para desde que o aparelho desapareceu.

"É muito difícil. Desde o primeiro dia estamos neste esforço de busca extrema", concluiu.