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Juiz amplia investigação por rebelião a outro ex-presidente da Catalunha

22/12/2017 09h37

Madri, 22 dez (EFE).- O juiz do Supremo Tribunal responsável por julgar o caso dos separatistas da Catalunha por um suposto crime de rebelião, decidiu nesta sexta-feira ampliar a investigação ao ex-presidente catalão Artur Mas, o antecessor de Carles Puigdemont, e a outras cinco políticas dessa região.

O magistrado Pablo Llarena já investiga por este crime o ex-presidente Puigdemont e oito membros de seu antigo Executivo, junto à presidente do Parlamento e aos presidentes das duas organizações independentistas mais importantes da Catalunha, pelo suposto envolvimento na declaração de independência de 27 de outubro.

Destes, três estão em prisão provisória e cinco, entre eles Puigdemont, estão na Bélgica à esperada da decisão da justiça desse país sobre um pedido de extradição.

Mas, presidente da Catalunha de 2010 a 2016, havia organizado em novembro de 2014 uma consulta a favor da independência dessa região, declarada ilegal pelo Tribunal Constitucional, por isso que foi julgado e condenado a dois anos de inabilitação.

Além disso, devia abonar 5,2 milhões de euros (mais de US$ 6 milhões) ao Tribunal de Contas pelo suposto desvio de dinheiro público para essa consulta.

Além de Artur Mas, o juiz investigará por rebelião a secretária-geral de ERC (republicanos de esquerda), Marta Rovira, e a porta-voz parlamentar da CUP (independentistas radicais), Anna Gabriel, junto com outras três políticas independentistas.

Llarena destacou que todas estas pessoas aparecem identificadas como participantes de algumas das reuniões que supostamente serviram para "idealizar o processo de ruptura que é investigado", como aparece na agenda de um alto cargo do antigo governo catalão suspenso por ordem judicial.

O juiz tinha pedido à Guarda Civil um relatório sobre as pessoas integradas no chamado Comitê Estratégico, recolhido no documento EnfoCat, no qual determinava o roteiro a seguir após a declaração unilateral de independência.

O citado relatório, que já está em mãos do magistrado, aponta Mas, Rovira, Gabriel e o resto de membros do chamado Comitê Estratégico como as pessoas que "desenharam, orientaram, dirigiram e controlaram" a implantação do plano defensor da soberania.