Milhares de pessoas protestam no Peru contra indulto a Fujimori
Lima, 25 dez (EFE).- Milhares de pessoas se manifestaram nesta segunda-feira nas principais cidades do Peru para protestar contra o indulto concedido pelo presidente do país, Pedro Pablo Kuczynski, a Alberto Fujimori, que lhe exime de terminar de cumprir uma condenação de 25 anos de prisão por violações dos direitos humanos.
A maior manifestação, com cerca de 6.000 pessoas, aconteceu em Lima e terminou com pelo menos um detido pela Polícia, cujos agentes tentaram dispersar a mobilização com gás lacrimogêneo, apesar de acontecer de maneira pacífica.
A concentração quis se dirigir para o Palácio de Governo, sede do Executivo peruano, ou para a clínica onde Fujimori permanece hospitalizado, mas terminou na frente do Palácio de Justiça, pois as autoridades não permitiram que a concentração avançasse para tais lugares.
Os manifestantes queriam anular o indulto ao considerar que favorece a impunidade, pois Fujimori foi condenado em 2009 como autor mediato (com domínio do fato) do assassinato de 25 pessoas nos massacres de Barrios Altos (1991) e La Cantuta (1992), realizados pelo grupo militar secreto Colina, além dos sequestros de um jornalista e de um empresário em 1992.
Entre os participantes estava Gisela Ortiz, irmã de uma das vítimas de Barrios Altos, quem manifestou à emissora "Radio Programas del Perú" a indignação e raiva que sente ao saber que Fujimori será libertado.
"O Natal é por si só uma festa difícil para nós, porque não podemos passar com os familiares que perdemos, e ter que escutar este presente que Kuczynski a Fujimori, nos dói", comentou Gisela.
"Uma reconciliação se baseia na justiça, não na impunidade, e essa justiça é a que Kuczynski nos roubou ontem. É uma notícia dolorosa para nós e negativa para o país e para a democracia", acrescentou a mulher.
Gisela lembrou que ela e os demais familiares dos crimes pelos que foi condenado Fujimori nunca foram recebidos por Kuczynski, a quem acusou de indultar de maneira ilegal o ex-presidente por uma negociação política para evitar que o fujimorismo o destituísse no Congresso.
Kuczynski assinou o indulto apenas três dias depois de salvar o seu cargo na votação do Congresso, graças à abstenção de dez fujimoristas liderados por Kenji Fujimori, filho mais novo do ex-governante, que anteriormente tinha pedido de maneira aberta ao presidente para indultar seu pai.
A maior manifestação, com cerca de 6.000 pessoas, aconteceu em Lima e terminou com pelo menos um detido pela Polícia, cujos agentes tentaram dispersar a mobilização com gás lacrimogêneo, apesar de acontecer de maneira pacífica.
A concentração quis se dirigir para o Palácio de Governo, sede do Executivo peruano, ou para a clínica onde Fujimori permanece hospitalizado, mas terminou na frente do Palácio de Justiça, pois as autoridades não permitiram que a concentração avançasse para tais lugares.
Os manifestantes queriam anular o indulto ao considerar que favorece a impunidade, pois Fujimori foi condenado em 2009 como autor mediato (com domínio do fato) do assassinato de 25 pessoas nos massacres de Barrios Altos (1991) e La Cantuta (1992), realizados pelo grupo militar secreto Colina, além dos sequestros de um jornalista e de um empresário em 1992.
Entre os participantes estava Gisela Ortiz, irmã de uma das vítimas de Barrios Altos, quem manifestou à emissora "Radio Programas del Perú" a indignação e raiva que sente ao saber que Fujimori será libertado.
"O Natal é por si só uma festa difícil para nós, porque não podemos passar com os familiares que perdemos, e ter que escutar este presente que Kuczynski a Fujimori, nos dói", comentou Gisela.
"Uma reconciliação se baseia na justiça, não na impunidade, e essa justiça é a que Kuczynski nos roubou ontem. É uma notícia dolorosa para nós e negativa para o país e para a democracia", acrescentou a mulher.
Gisela lembrou que ela e os demais familiares dos crimes pelos que foi condenado Fujimori nunca foram recebidos por Kuczynski, a quem acusou de indultar de maneira ilegal o ex-presidente por uma negociação política para evitar que o fujimorismo o destituísse no Congresso.
Kuczynski assinou o indulto apenas três dias depois de salvar o seu cargo na votação do Congresso, graças à abstenção de dez fujimoristas liderados por Kenji Fujimori, filho mais novo do ex-governante, que anteriormente tinha pedido de maneira aberta ao presidente para indultar seu pai.
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