Acnur registrará refugiados em Uganda para evitar desvio de verba
Nairóbi, 20 fev (EFE).- O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) anunciou nesta terça-feira que fará um "exercício de verificação biométrica em massa" de todos os refugiados em Uganda após as denúncias de que membros do governo teriam inflado seu número para desviar fundos internacionais.
A instituição, com apoio do Executivo ugandense, desdobrou 400 pessoas que serão encarregadas do registro dos refugiados, algo "fundamental para ajudar o governo a solucionar as divergências nos dados de refugiados", indicou o ajudante do alto comissário do Acnur para Operações, George Okoth-Obbo, em comunicado.
"Nós estamos levando extremamente a sério os últimos eventos em Uganda. O programa de refugiados neste país é de vital importância dado o tamanho da emergência e o papel exemplar de Uganda, recebendo tanta gente que procurava proteção internacional", acrescentou.
O Acnur espera finalizar os trabalhos em setembro deste ano.
Os registros biométricos, que foram implantados pelo Acnur em 48 países, nos quais foram registrados 4,4 milhões de refugiados, serão instalados também nos pontos de distribuição de alimentos em Uganda.
"No Acnur temos tolerância zero com negligências, abusos e exploração. Cada relatório e acusação estão sendo meticulosamente avaliados. Precisamos de uma resposta forte e coletiva que reforce o programa para os refugiados em Uganda, e temos que aprender lições da situação atual", observou Okoth-Obbo.
"Quero ser muito claro: as acusações não afetam o Acnur. Nossas investigações têm como objetivo apoiar as recentes implementações do primeiro-ministro ugandense para lutar contra a corrupção e a grave má praxis dos seus funcionários".
O representante do Acnur em Uganda, Bornwell Kantande, será designado a uma nova praça e substituído por alguém "mais experiente", indica o comunicado, que, no entanto, reproduz o "total apoio e confiança" do alto comissário da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi, para o seu trabalho.
No início de fevereiro, o jornal local "Daily Monitor" revelou que o governo tinha aberto uma investigação por uma possível fraude "de centenas de milhões de dólares" dos fundos internacionais para os refugiados procedentes, entre outros doadores, das Nações Unidas.
A representante da ONU no país, Rosa Malango, alertou ao Executivo que o número de refugiados pode ter sido aumentado, verbas internacionais estariam sendo desviadas e que funcionários do governo poderiam estar traficando meninas e mulheres refugiadas.
Entre as acusações também se destacavam a falsificação de documentos de entrega de comida e o pagamento de subornos por parte dos refugiados para ter acesso a serviços que deveriam ser gratuitos, segundo revelou o Acnur em comunicado anterior.
Após a revelação da possível fraude, o governo suspendeu quatro funcionários, entre eles ao comissário para refugiados, Apollo Kazungu.
Uganda acolhe mais de 1,4 milhão de refugiados procedentes de países próximos em conflito, como Sudão do Sul, República Democrática do Congo, Burundi e Somália.
A instituição, com apoio do Executivo ugandense, desdobrou 400 pessoas que serão encarregadas do registro dos refugiados, algo "fundamental para ajudar o governo a solucionar as divergências nos dados de refugiados", indicou o ajudante do alto comissário do Acnur para Operações, George Okoth-Obbo, em comunicado.
"Nós estamos levando extremamente a sério os últimos eventos em Uganda. O programa de refugiados neste país é de vital importância dado o tamanho da emergência e o papel exemplar de Uganda, recebendo tanta gente que procurava proteção internacional", acrescentou.
O Acnur espera finalizar os trabalhos em setembro deste ano.
Os registros biométricos, que foram implantados pelo Acnur em 48 países, nos quais foram registrados 4,4 milhões de refugiados, serão instalados também nos pontos de distribuição de alimentos em Uganda.
"No Acnur temos tolerância zero com negligências, abusos e exploração. Cada relatório e acusação estão sendo meticulosamente avaliados. Precisamos de uma resposta forte e coletiva que reforce o programa para os refugiados em Uganda, e temos que aprender lições da situação atual", observou Okoth-Obbo.
"Quero ser muito claro: as acusações não afetam o Acnur. Nossas investigações têm como objetivo apoiar as recentes implementações do primeiro-ministro ugandense para lutar contra a corrupção e a grave má praxis dos seus funcionários".
O representante do Acnur em Uganda, Bornwell Kantande, será designado a uma nova praça e substituído por alguém "mais experiente", indica o comunicado, que, no entanto, reproduz o "total apoio e confiança" do alto comissário da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi, para o seu trabalho.
No início de fevereiro, o jornal local "Daily Monitor" revelou que o governo tinha aberto uma investigação por uma possível fraude "de centenas de milhões de dólares" dos fundos internacionais para os refugiados procedentes, entre outros doadores, das Nações Unidas.
A representante da ONU no país, Rosa Malango, alertou ao Executivo que o número de refugiados pode ter sido aumentado, verbas internacionais estariam sendo desviadas e que funcionários do governo poderiam estar traficando meninas e mulheres refugiadas.
Entre as acusações também se destacavam a falsificação de documentos de entrega de comida e o pagamento de subornos por parte dos refugiados para ter acesso a serviços que deveriam ser gratuitos, segundo revelou o Acnur em comunicado anterior.
Após a revelação da possível fraude, o governo suspendeu quatro funcionários, entre eles ao comissário para refugiados, Apollo Kazungu.
Uganda acolhe mais de 1,4 milhão de refugiados procedentes de países próximos em conflito, como Sudão do Sul, República Democrática do Congo, Burundi e Somália.
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