Turquia pede que Rússia e Irã interrompam bombardeios da Síria em Ghouta
Istambul, 23 fev (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlüt Çavusoglu, pediu nesta sexta-feira que Rússia e Irã convençam o regime da Síria a encerrar os bombardeios contra o território rebelde de Ghouta Oriental, que fica nos arredores da capital Damasco.
A ofensiva (síria) "contradiz todos os acordos firmados no último ano e meio com Rússia e Irã. Por isso, Rússia e Irã devem conter o regime" de Bashar al Assad, disse Çavusoglu durante uma visita à província de Antalya, no sul da Turquia.
"Nós somos garantidores da oposição, enquanto Irã e Rússia são do regime sírio", lembrou o chefe da diplomacia turca em alusão aos acordos negociados no ano passado entre esses três países em Astana, no Cazaquistão, para alcançar um cessar-fogo na Síria.
"Nos últimos tempos, as violações do regime aumentaram muito, não só com bombardeios aéreos. Esses bombardeios são inaceitáveis. Matar crianças e mulheres em Ghouta Oriental é uma atitude típica do regime", declarou Çavusoglu.
"Já chega, não deve morrer mais gente. Iniciamos uma fase política e, para que esta não entre em colapso, deve haver um cessar-fogo", ressaltou Çavusoglu, citado pela agência turca "Anadolu".
O ministro matizou, no entanto, que o cessar-fogo também está sendo violado por "grupos terroristas", sobretudo na província de Idlib, onde também estão causando problemas para os contingentes militares de observação que a Turquia mantém na província.
Çavusoglu sugeriu que, durante a reconquista de Aleppo em dezembro de 2016, o regime permitiu a saída não só de civis, mas também de grupos armados "a fim de utilizá-los depois como pretexto para continuar com os ataques".
O ministro turco acrescentou que devem ser excluídos da trégua pactuada "os grupos terroristas como o Daesh (Estado Islâmico) e as YPD (milícias curdo-sírias Unidades de Proteção Popular, que a Turquia enfrenta em Afrin, no noroeste da Síria)".
Por outro lado, a Coalizão Nacional da Síria (CNFROS), o principal grupo da oposição islamita síria no exterior, condenou hoje a ofensiva em Ghouta e pediu uma intervenção das Nações Unidas.
"Esta campanha de bombardeios é dirigida pela Rússia. As milícias iranianas impediram que comboios de ajuda das Nações Unidas entrassem em Ghouta Oriental. Não há dúvida de que se trata de um genocídio sistemático por parte da Rússia, de Assad e do Irã", disse a vice-presidente da CNFROS, Salwa Aksoy, durante uma entrevista coletiva em Istambul.
"A Coalizão pede ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que assuma suas responsabilidades frente ao povo de Ghouta e solicita à ONU a realização de uma reunião especial na Assembleia Geral com este fim, para rejeitar as tentativas da Rússia de bloquear os mecanismos da justiça internacional", acrescentou Aksoy.
A ofensiva (síria) "contradiz todos os acordos firmados no último ano e meio com Rússia e Irã. Por isso, Rússia e Irã devem conter o regime" de Bashar al Assad, disse Çavusoglu durante uma visita à província de Antalya, no sul da Turquia.
"Nós somos garantidores da oposição, enquanto Irã e Rússia são do regime sírio", lembrou o chefe da diplomacia turca em alusão aos acordos negociados no ano passado entre esses três países em Astana, no Cazaquistão, para alcançar um cessar-fogo na Síria.
"Nos últimos tempos, as violações do regime aumentaram muito, não só com bombardeios aéreos. Esses bombardeios são inaceitáveis. Matar crianças e mulheres em Ghouta Oriental é uma atitude típica do regime", declarou Çavusoglu.
"Já chega, não deve morrer mais gente. Iniciamos uma fase política e, para que esta não entre em colapso, deve haver um cessar-fogo", ressaltou Çavusoglu, citado pela agência turca "Anadolu".
O ministro matizou, no entanto, que o cessar-fogo também está sendo violado por "grupos terroristas", sobretudo na província de Idlib, onde também estão causando problemas para os contingentes militares de observação que a Turquia mantém na província.
Çavusoglu sugeriu que, durante a reconquista de Aleppo em dezembro de 2016, o regime permitiu a saída não só de civis, mas também de grupos armados "a fim de utilizá-los depois como pretexto para continuar com os ataques".
O ministro turco acrescentou que devem ser excluídos da trégua pactuada "os grupos terroristas como o Daesh (Estado Islâmico) e as YPD (milícias curdo-sírias Unidades de Proteção Popular, que a Turquia enfrenta em Afrin, no noroeste da Síria)".
Por outro lado, a Coalizão Nacional da Síria (CNFROS), o principal grupo da oposição islamita síria no exterior, condenou hoje a ofensiva em Ghouta e pediu uma intervenção das Nações Unidas.
"Esta campanha de bombardeios é dirigida pela Rússia. As milícias iranianas impediram que comboios de ajuda das Nações Unidas entrassem em Ghouta Oriental. Não há dúvida de que se trata de um genocídio sistemático por parte da Rússia, de Assad e do Irã", disse a vice-presidente da CNFROS, Salwa Aksoy, durante uma entrevista coletiva em Istambul.
"A Coalizão pede ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que assuma suas responsabilidades frente ao povo de Ghouta e solicita à ONU a realização de uma reunião especial na Assembleia Geral com este fim, para rejeitar as tentativas da Rússia de bloquear os mecanismos da justiça internacional", acrescentou Aksoy.
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