Fundador de seita sexual nos EUA pode ser condenado a prisão perpétua
Austin (EUA), 27 mar (EFE).- Líder e fundador da seixa Nxivm, Keith Raniere será ouvido nesta terça-feira por um juiz federal de Fort Worth, no Texas, nos Estados Unidos, acusado de tráfego sexual e de submeter outras pessoas a trabalho escravo, crimes pelos quais pode ser condenado a prisão perpétua.
Extraditado para os EUA após ser preso em uma luxuosa vila nos arredores de Porto Vallarta, no México, Raniere, de 57 anos, é o principal líder de uma organização criminosa que capturava mulheres para servir como escravas sexuais. Elas eram obrigadas a realizar tarefas domésticas e marcadas com fogo, como gado.
"Como se alega no processo, Keith Raniere criou uma sociedade secreta de mulheres com quem teve relações sexuais e as marcou com suas iniciais, coagindo-as com a ameaça de revelar informações altamente pessoais e retirar suas posses", explicou o promotor do Distrito Leste de Nova York, Richard Donoghue.
Em 1998, o falso guru de autoajuda e motivação pessoal criou a organização "Programas Executivos de Sucesso", realizando oficinas de cinco dias e cobrando até US$ 5 mil por pessoa.
Cinco anos mais tarde, Raniere fundou a Nxivm, com sede em Albany, no estado de Nova York, mas com centros operacionais em várias cidades dos EUA, México, Canadá e outros países da região.
A estrutura da seita se baseia em um esquema de pirâmide. Além de pagar o curso inicial, os participantes são obrigados a comprar aulas adicionais com preço ainda maior. Eles são motivados a recrutar outras pessoas para "subir" dentro da hierarquia da organização e assim obter privilégios.
Segundo a denúncia, a história de Raniere fica ainda mais obscura em 2015, quando ele forma uma sociedade secreta dentro do Nxivm, sendo batizado como o "Amo das companheiras obedientes".
A organização operava com cerca de 20 pessoas, que deveriam "recrutar" suas próprias escravas, marcá-las com suas iniciais e subir na hierarquia para aproveitar dos escravos dos demais.
Havia uma condição prévia para participar: ceder informações comprometedoras sobre amigos e familiares, divulgar fotos sem roubas e controlar os pertences dos recrutas captados.
Raniere era o único homem na seita. As demais vinham do Nxivm e eram convencidas de participar por ele, que argumentava que a organização tinha como objetivo "empoderar as mulheres e erradicar as fragilidades do programa principal".
No entanto, Raniere sempre ficava no topo da pirâmide. Assim, todas as mulheres deveriam atuar como se fossem suas servas.
O subdiretor-adjunto do FBI em Nova York, William Swenney, considerou as ações de Raniere como um "repugnante abuso de poder e um ato que denigre as mulheres".
O caso foi revelado pelo "The New York Times", que publicou em outubro de 2017 um artigo com um depoimento de duas mulheres que conseguiram fugir da seita. Calcula-se que as organizações de Raniere conseguiram captar cerca de 16 mil pessoas.
Extraditado para os EUA após ser preso em uma luxuosa vila nos arredores de Porto Vallarta, no México, Raniere, de 57 anos, é o principal líder de uma organização criminosa que capturava mulheres para servir como escravas sexuais. Elas eram obrigadas a realizar tarefas domésticas e marcadas com fogo, como gado.
"Como se alega no processo, Keith Raniere criou uma sociedade secreta de mulheres com quem teve relações sexuais e as marcou com suas iniciais, coagindo-as com a ameaça de revelar informações altamente pessoais e retirar suas posses", explicou o promotor do Distrito Leste de Nova York, Richard Donoghue.
Em 1998, o falso guru de autoajuda e motivação pessoal criou a organização "Programas Executivos de Sucesso", realizando oficinas de cinco dias e cobrando até US$ 5 mil por pessoa.
Cinco anos mais tarde, Raniere fundou a Nxivm, com sede em Albany, no estado de Nova York, mas com centros operacionais em várias cidades dos EUA, México, Canadá e outros países da região.
A estrutura da seita se baseia em um esquema de pirâmide. Além de pagar o curso inicial, os participantes são obrigados a comprar aulas adicionais com preço ainda maior. Eles são motivados a recrutar outras pessoas para "subir" dentro da hierarquia da organização e assim obter privilégios.
Segundo a denúncia, a história de Raniere fica ainda mais obscura em 2015, quando ele forma uma sociedade secreta dentro do Nxivm, sendo batizado como o "Amo das companheiras obedientes".
A organização operava com cerca de 20 pessoas, que deveriam "recrutar" suas próprias escravas, marcá-las com suas iniciais e subir na hierarquia para aproveitar dos escravos dos demais.
Havia uma condição prévia para participar: ceder informações comprometedoras sobre amigos e familiares, divulgar fotos sem roubas e controlar os pertences dos recrutas captados.
Raniere era o único homem na seita. As demais vinham do Nxivm e eram convencidas de participar por ele, que argumentava que a organização tinha como objetivo "empoderar as mulheres e erradicar as fragilidades do programa principal".
No entanto, Raniere sempre ficava no topo da pirâmide. Assim, todas as mulheres deveriam atuar como se fossem suas servas.
O subdiretor-adjunto do FBI em Nova York, William Swenney, considerou as ações de Raniere como um "repugnante abuso de poder e um ato que denigre as mulheres".
O caso foi revelado pelo "The New York Times", que publicou em outubro de 2017 um artigo com um depoimento de duas mulheres que conseguiram fugir da seita. Calcula-se que as organizações de Raniere conseguiram captar cerca de 16 mil pessoas.
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