Operação antidrogas em Bangladesh registra mais de 100 mortes e 9 mil detidos
Daca, 29 mai (EFE).- O número de mortos nas últimas duas semanas na operação antidrogas em Bangladesh chegou a 103 nesta terça-feira, com pelo menos dez mortos nas últimas 24 horas, e os detidos já são cerca de 9 mil, enquanto ativistas continuam criticando uma campanha que comparam com a das Filipinas.
As últimas mortes ocorreram em sete distritos e a maioria delas depois que as forças de segurança responderam a disparos dos traficantes de drogas, mas também ocorreram mortes por enfrentamentos entre eles, informaram à Agência Efe várias fontes policiais.
"Fizemos uma batida e os traficantes começaram a atirar contra a gente. Respondemos aos disparos", explicou o auxiliar do delegado de polícia de Daca, Mizanur Rahman, sobre um dos casos ocorridos hoje, ao detalhar que o ferido morreu após ser internado em um hospital da capital.
No dia 3 de maio, a primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, anunciou o início da operação antidrogas, uma campanha executada no início pelo Batalhão de Ação Rápida (RAB, na sigla em inglês), um corpo de elite policial, e à qual a polícia se juntou mais tarde.
No entanto, as mortes durante a operação começaram há duas semanas, segundo as forças de segurança, que evitaram apresentar um número global de pessoas que perderam a vida.
A porta-voz da polícia de Bangladesh, Soheli Ferdous, disse que, até o momento, há 9.020 detidos por relação com a operação e que confiscaram, entre outros, 1,7 milhão de pastilhas de yaba e 16 mil garrafas de Phensedyl.
A Yaba, ou "medicina louca" em tailandês, que é distribuída através de pastilhas provenientes sobretudo da vizinha Mianmar, é um forte estimulante, e o xarope para a tosse Phensedyl, procedente da Índia, costuma substituir o álcool.
O ministro do Interior de Bangladesh, Asaduzzaman Khan, assinalou no domingo que a operação antidrogas do governo continuará até que a situação esteja controlada.
Ativistas de direitos humanos em Bangladesh denunciaram a campanha antidrogas como ilegal e criticaram os paralelismos com a operação do presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte.
O diretor da organização de direitos humanos Odhikar, Nasiruddin Elan, disse hoje à Agência Efe que "nenhum problema pode ser resolvida com assassinatos extrajudiciários" de pequenos traficantes que, em breve, serão substituídos por outros e pediu "uma reforma no sistema judicial" bengalês para resolver a crise.
As últimas mortes ocorreram em sete distritos e a maioria delas depois que as forças de segurança responderam a disparos dos traficantes de drogas, mas também ocorreram mortes por enfrentamentos entre eles, informaram à Agência Efe várias fontes policiais.
"Fizemos uma batida e os traficantes começaram a atirar contra a gente. Respondemos aos disparos", explicou o auxiliar do delegado de polícia de Daca, Mizanur Rahman, sobre um dos casos ocorridos hoje, ao detalhar que o ferido morreu após ser internado em um hospital da capital.
No dia 3 de maio, a primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, anunciou o início da operação antidrogas, uma campanha executada no início pelo Batalhão de Ação Rápida (RAB, na sigla em inglês), um corpo de elite policial, e à qual a polícia se juntou mais tarde.
No entanto, as mortes durante a operação começaram há duas semanas, segundo as forças de segurança, que evitaram apresentar um número global de pessoas que perderam a vida.
A porta-voz da polícia de Bangladesh, Soheli Ferdous, disse que, até o momento, há 9.020 detidos por relação com a operação e que confiscaram, entre outros, 1,7 milhão de pastilhas de yaba e 16 mil garrafas de Phensedyl.
A Yaba, ou "medicina louca" em tailandês, que é distribuída através de pastilhas provenientes sobretudo da vizinha Mianmar, é um forte estimulante, e o xarope para a tosse Phensedyl, procedente da Índia, costuma substituir o álcool.
O ministro do Interior de Bangladesh, Asaduzzaman Khan, assinalou no domingo que a operação antidrogas do governo continuará até que a situação esteja controlada.
Ativistas de direitos humanos em Bangladesh denunciaram a campanha antidrogas como ilegal e criticaram os paralelismos com a operação do presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte.
O diretor da organização de direitos humanos Odhikar, Nasiruddin Elan, disse hoje à Agência Efe que "nenhum problema pode ser resolvida com assassinatos extrajudiciários" de pequenos traficantes que, em breve, serão substituídos por outros e pediu "uma reforma no sistema judicial" bengalês para resolver a crise.
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