Tempestade tropical Bud chega à região turística no noroeste do México

A tempestade tropical Bud chegou nesta quinta-feira ao Cabo San Lucas, no estado de Baja Califórnia Sur, no noroeste do México, provocando intensas chuvas e uma grande ressaca no litoral, com ondas de até quatro metros.

O centro do ciclone estava a 50 quilômetros ao sul do Cabo San Lucas às 19h locais (21h em Brasília) e agora avança para a região a uma velocidade de 11 quilômetros por hora, de acordo com o Serviço Meteorológico Nacional do México (SMN).

Com ventos de 75 km/h e rajadas que atingem até 95 km/h, o Bud também afeta o litoral do estado de Sonora, aonde deve chegar nas próximas 36 horas, segundo as previsões do governo do país.

Cerca de 20 mil turistas estão em Cabo San Lucas, de acordo com o governo estadual, e, em algumas regiões, há alagamentos por causa das chuvas. Não foram registradas vítimas até o momento.

A Defesa Civil de Baja Califórnia Sur suspendeu as aulas até a próxima segunda-feira e restringiu a navegação marítima na área. Um forte esquema de vigilância foi montado de Cabo San Lucas, no sul, até San Evaristo, ao norte de La Paz, capital do estado.

A navegação de embarcações menores em Cabo San Lucas foi suspensa no meio da semana. O governo do estado pediu que a população e os turistas fiquem atentos aos comunicados feitos pelas autoridades.

Um turista que está em Cabo San Lucas disse à Agência Efe que recebeu orientações para não ir à praia e para ficar longe das áreas de risco. Ele também não deve ficar nas janelas do hotel.

O governo local também pediu que a população não entre em pânico e evite uma corrida aos supermercados e postos da região, afirmando que o abastecimento na região está garantido após a passagem do Bud.

As previsões indicam que a tempestade cruzará a península de Baja Califórnia durante a manhã de sexta-feira, chegando na sequência ao Golfo da Flórida, onde perderá força e se tornará uma depressão tropical, atingindo então o estado de Sonora.

O litoral de Baja Califórnia Sur foi atingido por vários ciclones nos últimos cinco anos. Em 2014, o furacão Odile matou duas pessoas no estado e causou prejuízos de US$ 224 milhões.

Em 2016 e 2017, o furacão Newton e a tempestade tropical Lidia provocaram a morte de 12 pessoas na região.