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Governo local torna ilegal partido que defende independência de Hong Kong da China

Andy Chan, fundador do Partido Nacional de Hong Kong - Paul Yeung/Pool Photo via AP
Andy Chan, fundador do Partido Nacional de Hong Kong Imagem: Paul Yeung/Pool Photo via AP

Da EFE, em Pequim

24/09/2018 06h49

Partido Nacional de Hong Kong, um movimento sem representação parlamentar que defende abertamente a independência da ex-colônia britânica do resto de China, foi nesta segunda-feira (24) oficialmente ilegalizado.

A entrada em vigor da proibição foi publicada nesta segunda-feira na "Gazeta de Hong Kong" (que funciona como Diário Oficial do governo local) e representa que qualquer pessoa que se associe à legenda, participe de suas reuniões ou lhe dê ajuda financeira poderia ser condenado a entre dois e três anos de prisão.

O secretário de Segurança de Hong Kong, John Lee Ka-chiu, afirmou em entrevista coletiva ao anunciar a proibição que os apelos do Partido Nacional de Hong Kong à luta "pela independência" eram uma ameaça à segurança e à ordem da região autônoma - sob soberania chinesa desde 1997 - e justificavam a ilegalização.

John também denunciou que o líder do partido, Andy Chan, tinha dito publicamente que a China era um "colonizador" de Hong Kong e que os chineses da parte continental eram "inimigos" dos de Hong Kong, um discurso que considerou discriminatório.

A decisão foi imediatamente comemorada pelo Governo da China, que expressou através de seu Escritório de Assuntos de Hong Kong e Macau seu total apoio, em comunicado divulgado pela agência oficial Xinhua.