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Trump pede cooperação na ONU para desmantelar a produção de drogas

24/09/2018 13h38

Nações Unidas, 24 set (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta segunda-feira na ONU cooperação internacional para "desmantelar a produção de drogas" e "combater a epidemia" de dependência que custa a vida a milhões de pessoas no mundo todo.

"Todos nós devemos trabalhar juntos para desmantelar a produção de drogas e acabar com a dependência", afirmou Trump durante uma reunião multilateral sobre o problema das drogas convocada pelos EUA à margem da Assembleia Geral da ONU.

O breve ato na sede das Nações Unidas teve a presença de representantes de 130 países, que assinaram um documento no qual prometiam desenvolver "planos nacionais de ação" na luta contra as drogas.

"Nosso chamado à ação é simples: reduzamos a demanda de drogas, cortemos o fornecimento de drogas ilícitas, expandamos o tratamento (aos viciados) e fortaleçamos a cooperação internacional", explicou Trump.

"Se dermos estes passos juntos, podemos salvar as vidas de incontáveis pessoas em cada canto do mundo, e isso representa milhões e milhões de pessoas".

O presidente americano quis pôr o tema das drogas sobre a mesa na ONU devido à crise de dependência aos opiáceos, que deixa 175 mortos por dia por overdose nos EUA, segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

"A dependência às drogas continua tirando muitas vidas nos EUA e no mundo todo. Hoje nos comprometemos a combater juntos a epidemia das drogas", afirmou Trump.

"A produção de cocaína e de ópio foi recorde. As mortes globais causadas pelo uso das drogas aumentaram 60% entre 2000 e 2015", lembrou o líder.

Trump acrescentou que os narcóticos estão "relacionados com o crime organizado, a corrupção e o terrorismo" e que "proporcionam o sustento financeiro de violento cartéis internacionais".

Nesse sentido, defendeu suas próprias medidas para "assegurar a fronteira" com o México, embora não tenha mencionado o polêmico muro que quer construir na divisa entre os países.

O presidente americano, sua embaixadora na ONU, Nikki Haley, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, foram os únicos que discursaram na reunião, copresidida por 31 países.