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Trump critica imprensa por dar tom político à repercussão dos pacotes-bomba

26/10/2018 23h06

Washington, 26 out (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou a imprensa americana de se aproveitar da detenção de um de seus simpatizantes, acusado de enviar pacotes-bomba a diversos membros do Partido Democrata e à emissora "CNN", para dar um tom político contra ele e o Partido Republicano a menos de duas semanas das eleições legislativas.

Em comício no estado da Carolina do Norte, o governante pronunciou um discurso no qual pediu o fim dos ataques "pessoais" e pediu a união do país.

"Nunca devemos permitir que a violência política espalhe raízes nos Estados Unidos. Eu me comprometo a fazer tudo o que estiver no meu alcance como presidente para impedir isso. Todo mundo será beneficiado se acabarmos com as políticas da destruição pessoal. Devemos unir a nação em paz e harmonia", comentou.

Em seguida, Trump criticou os veículos de imprensa por terem informado que Cesar Altieri Sayoc, o homem detido pelo envio de pelo menos 13 pacotes-bomba a democratas, é um de seus simpatizantes.

Sayoc, que pode receber uma pena máxima de 48 anos de prisão, tinha uma van branca que estava toda adesivada com fotos de Trump e imagens que insultavam políticos democratas e a emissora "CNN".

"Vimos um esforço por parte dos veículos de imprensa de imprensa nas horas recentes para usar as ações sinistras de um indivíduo para dar um tom político contra mim", afirmou.

"Os veículos de imprensa trataram de atacar os incríveis americanos que apoiam o nosso movimento, um movimento que busca devolver o poder ao povo", acrescentou Trump, que classificou seus seguidores como as pessoas mais "honestas, trabalhadoras e patriotas da face da Terra".

Sayoc, de 56 anos, foi detido nesta sexta-feira no estado da Flórida, onde residia, com cinco acusações, entre elas a de ameaçar ex-presidentes dado que um dos pacotes-bomba foi endereçado a Barack Obama e outro à casa de Bill Clinton.

O FBI (polícia federal americana) confirmou que os 13 pacotes supostamente enviados por Sayoc continham "dispositivos explosivos improvisados" que não explodiram.