Explosões no centro da capital da Somália deixam 7 mortos e 11 feridos
Mogadíscio, 22 dez (EFE).- Duas explosões cometidas neste sábado pelo grupo jihadista Al Shabab no centro de Mogadíscio, em frente ao Palácio Presidencial e ao lado do Teatro Nacional, deixaram 7 mortos e 11 feridos, de acordo com a polícia.
Entre os mortos estão o conhecido jornalista Awil Dahir Salaad, da emissora "Universal TV", e um cinegrafista, segundo confirmou à Agência Efe o comandante Nur Abdi Ali.
Os atentados foram realizados com carros-bomba e as explosões ocorreram em um intervalo de 30 minutos. O ataque tinha como alvo um comboio governamental que seguia para o Palácio Presidencial por um dos acessos de segurança.
O governo vinha mantendo a capital em estado de emergência devido à recente tentativa de submeter uma moção de censura ao presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Farmajo. O processo foi cancelado no dia 11 de dezembro por não contar com o apoio necessário, após vários deputados se negarem a assinar a moção.
A maioria dos agentes de segurança da região foram deslocados para controlar os acessos a Mogadíscio, o que deu espaço para os integrantes do Al Shabab orquestrarem o atentado.
A área atacada está interditada e cercada por agentes para prevenir novos incidentes. Foram emitidos alertas sobre a possibilidade de mais veículos com explosivos estarem preparados para atacar outros lugares da cidade.
A Somália vive em um estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohammed Siad Barre foi derrubado, o que deixou o país sem governo efetivo e nas mãos de milícias islâmicas e senhores da guerra.
Al Shabab, que anunciou em 2012 a adesão à rede Al Qaeda, controla parte do território no centro e no sul do país e combate com o objetivo de instaurar na Somália um estado islâmico wahhabista. EFE
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