Topo

Tsunami deixa 373 mortos, 1.459 feridos e 128 desaparecidos na Indonésia

24/12/2018 12h48

Anyer (Indonésia), 24 dez (EFE).- As autoridades da Indonésia informaram nesta segunda-feira que pelo menos 373 pessoas morreram, 128 permanecem desaparecidas e 1.459 ficaram feridas pelo tsunami que atingiu no sábado o Estreito de Sonda, situado entre as ilhas de Sumatra e Java.

As autoridades atribuem o maremoto que chegou às praias, sem acionar os alertas de tsunami, ao deslizamento para o oceano de um flanco da ilha onde fica o vulcão Anak Krakatoa, no estreito citado, por causa de uma forte erupção.

Os danos causados em estradas e pontes dificultaram o acesso dos agentes dos serviços de emergência a vários pontos das províncias de Banten (Java) e Lampung (Sumatra), de acordo com em comunicado emitido pela Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB, na sigla em indonésio).

Mais de 5.660 pessoas estão deslocadas, um número significativamente menor em comparação com os 11.687 reportados no boletim anterior, já que muitos retornaram para suas casas.

As equipes de salvamento continuam com os trabalhos de busca com o objetivo de encontrar possíveis sobreviventes sob os escombros deixados pelo tsunami.

A catástrofe também causou danos em 681 casas, 69 hotéis, mais de 400 embarcações e dezenas de veículos.

Em um carro arrastado até a praia de Carita, um grupo de salvamento está tentando resgatar uma criança de cinco anos com vida, que está presa há mais de 12 horas.

As autoridades solicitaram aos moradores locais que permaneçam afastados da praia até a próxima quarta-feira, devido ao risco de um segundo maremoto.

O Anak Krakatoa, que tem cerca de 300 metros de altura e a mesma dimensão de diâmetro em sua cratera, vem sofrendo erupções quase que diariamente nos últimos três meses. A última delas foi no domingo, quando lançou pelos ares uma grande coluna de fumaça e de cinzas.

O porta-voz do BNPB, Sutopo Purwo Nugroho, afirmou que a Indonésia não conta com um sistema de alarme de tsunamis provocados por vulcões e que as boias colocadas para detectar um repentino crescimento das ondas não funcionam desde 2012 por culpa do vandalismo e da falta de manutenção e de recursos.

O arquipélago da Indonésia está localizado sobre o "Anel de Fogo do Pacífico", uma área de grande atividade sísmica e vulcânica que é sacudida todos os anos por cerca de 7 mil tremores, a maioria deles moderados.

Entre julho e agosto deste ano, vários tremores deixaram 564 mortos na ilha de Lombok, próxima a Bali, enquanto um terremoto seguido de um tsunami causou mais de 2 mil mortes na ilha de Celebes em setembro. EFE