Israel avança na construção de mais de 2 mil casas na Cisjordânia ocupada
Jerusalém, 26 dez (EFE).- O Comitê de Planejamento Superior do Ministério de Defesa de Israel, responsável por autorizar construções nas colônias mantidas pelo país, antecipou os planos para erguer 2.191 casas em assentamentos judaicos na Cisjordânia.
As informações foram divulgadas nesta quarta-feira pela ONG Shalom Ajshav que informou que 1.159 imóveis já passaram pela parte mais complicada na obtenção da permissão para construir e que outras 1.023 já foram aprovadas na primeira fase do processo.
"Não é uma coincidência que isso ocorra precisamente no Natal. Justo quando os governos ocidentais estão de férias e não divulgam condenações, o que mostra que (Benjamin) Netanyahu está muito disposto a sacrificar o interesse israelense em troca de dar presentes aos colonos para ganhar votos", afirmou o porta-voz da ONG, Brian Reeves, em entrevista à Agência Efe.
Cerca de 87% das unidades residenciais aprovadas estão em assentamentos isolados que, segundo a ONG, teriam que ser esvaziados em caso de um acordo de paz entre Israel e Palestina com a opção da criação de dois Estados na região.
Dois dos projetos legalizarão os assentamentos de Ibei Hanahal e Gva'ot, o outro estabelecerá uma nova colônia ao lado de Mitzpe Dani, que terá também uma escola. Além disso, há propostas para a construção de mais três em áreas industriais.
Em 2018, Israel avançou nos planos de construção de 5.618 casas. Do total, 83% estão em assentamentos isolados em regiões ocupadas da Cisjordânia, segundo a Shalom Ajshav
Para a comunidade internacional, o estabelecimento de assentamentos por parte de Israel no território palestino ocupado desde 1967 não tem validade legal e constitui uma violação do direito internacional. EFE
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