Doleiro brasileiro preso no Paraguai opta por rápida extradição
Assunção, 27 dez (EFE).- O doleiro brasileiro Bruno Farina, investigado pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro e preso no Paraguai, optou nesta quinta-feira em aceitar uma rápida extradição ao Brasil durante uma audiência realizada em Assunção.
Farina aceitou voluntariamente o procedimento simplificado de extradição vigente entre os países-membros do Mercosul, uma proposta feita pelo Ministério Público do Paraguai.
Farina foi preso na noite de ontem em um luxuoso complexo residencial de Hernandarias, um dia depois da Polícia do Paraguai ter feito uma operação de busca no mesmo local para buscá-lo.
Segundo as investigações da Operação Câmbio, Desligo, um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, Farina é sócio do doleiro Dário Messer e estava foragido desde abril. No Brasil, ele pode ser condenado a 30 anos de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção, evasão de divisas e associação criminosa.
Messer também é considerado foragido pela Justiça brasileira. Conhecido como "doleiro dos doleiros", ele teria movimentado mais de US$ 1,6 bilhão por 52 países.
O doleiro também é acusado e condenado à revelia no Paraguai. O Ministério Público do país afirma que Messer, um de seus filhos e um primo de Horacio Cartes, ex-presidente paraguaio, teriam realizado operações irregulares que movimentaram US$ 40 milhões por três empresas das quais eles eram acionistas. EFE
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