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Número de mortos em Brumadinho sobe para 99; 259 pessoas seguem desaparecidas

30/01/2019 20h04

São Paulo, 30 jan (EFE).- O número de mortos após o rompimento de uma barragem da Vale na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, subiu para 99 nesta quarta-feira, enquanto as equipes de resgate seguem tentando localizar outras 259 pessoas que estão desaparecidas.

O balanço de vítimas foi atualizado em entrevista coletiva. O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, informou que 15 corpos foram resgatados hoje, dez deles no refeitório da Vale que ficava perto da barragem que se rompeu.

Seis dias depois da tragédia ambiental, uma das maiores da história do país, os bombeiros já não tem esperança de encontrar sobreviventes debaixo do mar de lama que destruiu a região.

"Determinamos 18 pontos de busca ao longo do trajeto dos resíduos e não existe nenhuma área neste momento que não conte com equipes de busca e de resgate", explicou Aihara na entrevista coletiva.

A expectativa é que o número de mortos aumente nos próximos dias porque as centenas de bombeiros deslocadas para a região seguem encontrando corpos e restos mortais das vítimas embaixo da lama.

Bombeiros de São Paulo reforçaram o trabalho das equipes de resgate hoje. Amanhã, a expectativa é da chegada de militares enviados pelos estados de Santa Catarina e Espírito Santo.

O porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais, major Flávio Santiago, informou que um batalhão do Grupo de Operações Especiais se unirá aos trabalhos de busca em pontos de difícil acesso.

Segundo informações oficiais, mais de 500 pessoas participam do trabalho de localização das vítimas da tragédia, entre elas 58 voluntários e 136 militares israelenses, que chegaram a Brumadinho na quinta-feira.

As buscas foram interrompidas temporariamente ao longo do dia devido à intensa chuva que atinge a região, mas, segundo as autoridades locais, ela não influenciou de maneira significativa no trabalho comandado pelo Corpo de Bombeiros.

"A chuva também não afetou o significativamente o nível da água na barragem (6), que era uma das nossas maiores preocupações. Interrompeu os trabalhos por um período muito curto de tempo", explicou Aihara na entrevista coletiva.

Os bombeiros já estão utilizando máquinas de grande porte, como escavadeiras, em áreas onde a lama não é tão espessa.

Ontem, a Vale anunciou que fechará todas as barragens que possuem um sistema de represamento similar ao utilizado em Brumadinho para evitar novas tragédias no futuro. EFE