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Itália defende recusa a reconhecer Guaidó porque não foi eleito

01/02/2019 09h19

Roma, 1 fev (EFE).- O vice-presidente do Governo italiano e líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), Luigi di Maio, defendeu a recusa de seu Governo a reconhecer Juan Guaidó como presidente da Venezuela porque "não foi eleito pelo povo".

"A mudança é decidida pelos cidadãos venezuelanos. Nós estamos do lado da democracia e portanto temos que criar todas as condições para favorecer novas eleições", explicou Di Maio ao comentar a abstenção dos eurodeputados destes partidos que formam o Governo italiano, Liga e M5S, na votação do Parlamento Europeu.

Di Maio explicou que seu Governo também não reconhece Maduro e que a única coisa que apoia são "eleições democráticas que estabeleçam quem guiará a Venezuela".

O líder do M5S argumentou que no passado foram cometidos erros com as "intervenções dos Estados ocidentais em outros Estados".

"O maior interesse que temos é evitar uma guerra na Venezuela. (Que se cometa) o mesmo erro já cometido na Líbia e que agora todos reconhecem. Devemos evitar que aconteça o mesmo na Venezuela", acrescentou.

O subsecretário das Relações Exteriores da Itália, Manilo Di Stefano, usou ontem o exemplo da intervenção na Líbia.

"A Itália continua apoiando uma ação diplomática de mediação com outros Estados para chegar a um processo que leve às eleições sem ultimato", acrescentou Di Maio.

Com relação à decisão da Itália, Guaidó, em uma declaração aos noticiários da televisão pública "RAI2", afirmou que a Venezuela não é a Líbia e pediu à Itália que "faça o correto". EFE