EUA advertem que Maduro não ficará impune após confrontos na fronteira
Washington, 23 fev (EFE).- O governo de Donald Trump advertiu na sexta-feira ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, "e aqueles que seguem suas ordens" que não ficarão "impunes" após confrontos na fronteira com o Brasil que deixaram dois mortos.
"Os Estados Unidos condenam veementemente o uso da força pelos militares venezuelanos contra civis desarmados e voluntários inocentes na fronteira da Venezuela com o Brasil", afirmou a Casa Branca em um comunicado.
A nota responde a "relatos da imprensa" sobre a morte de dois indígenas, ontem, em uma aparente tentativa de abrir a passagem na fronteira que Maduro ordenou o fechamento com o objetivo de impedir a entrada de "ajuda humanitária" enviada por Washington, sem o consentimento de Caracas.
Segundo a versão divulgada por deputados da oposição, militares venezuelanos abriram fogo contra manifestantes, deixando dois mortos e cerca de 15 feridos.
No entanto, o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, desvinculou os militares dos fatos: "O que ocorreu nesta manhã não nada tem a ver com as versões que circularam. De fato, alguns foram feridos por armas brancas, facões, inclusive flechas".
Em seu comunicado, a Casa Branca afirmou que Maduro "deu ordens para reprimir aqueles que buscam levar ajuda ao país".
"A violação atroz dos direitos humanos por parte de Maduro e quem seguem as suas ordens não ficará impune", advertiram os EUA, pediam aos militares que "permitam o ingresso da ajuda humanitária pacificamente ao país".
A oposição, liderada por Juan Guaidó, que se autoproclamou há um mês presidente da Venezuela, deve levar ao país hoje os envios americanos por diversos pontos da fronteira com a Colômbia e Brasil, contra a vontade do governo de Maduro. EFE
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