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Reino Unido proibirá totalmente o grupo terrorista Hezbollah

25/02/2019 12h39

Londres, 25 fev (EFE).- O Ministério do Interior Reino Unido anunciou nesta segunda-feira que proibirá totalmente o grupo terrorista libanês Hezbollah, além das organizações Ansar ul Islam e Jama'at Nasr al-Islam wal Muslimin.

Em comunicado emitido hoje, o governo do Reino Unido informou que remeteu ao Parlamento uma minuta com a proibição que, se for aprovada, entrará em vigor na próxima sexta-feira.

A ordem estabelece como crime passível de pena de até dez anos de prisão ser membro ou incitar o apoio a qualquer uma destas três organizações terroristas.

Até agora, o braço militar do Hezbollah já estava proscrito no país, mas não o braço político. No entanto, segundo o ministro do Interior, Sajid Javid, ambas as facetas "já não se distinguem" e, por isso, tomou a decisão de vetar a organização na sua totalidade.

"O Hezbollah continua tentando desestabilizar a frágil situação no Oriente Médio", afirmou Javid, que indicou que seu trabalho à frente do Ministério do Interior passa por "identificar e proibir qualquer organização terrorista que ameace a segurança nacional, qualquer que seja sua motivação ou ideologia".

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt, ressaltou que essas atividades na região são "totalmente inaceitáveis e deterioram a segurança nacional" do país.

O Hezbollah se estabeleceu durante a guerra civil libanesa no início dos anos 80 como resistência armada ao Estado de Israel, lembrou hoje o governo britânico no comunicado.

Segundo este, seu envolvimento na guerra da Síria desde 2012 continua "prolongando o conflito e a brutal e violenta repressão do regime aos sírios".

Por sua vez, a organização Ansar ul Islam tenta impor sua estrita visão do movimento salafista no norte de Burkina Faso e em 2016 foi responsável por um ataque no qual morreram pelo menos 12 soldados.

Já o Jama'at Nasr al-Islam wal Muslimin se estabeleceu em março de 2017 como uma federação dos grupos alinhados da Al Qaeda no Mali e também tenta impor o salfismo na região do Sahel. EFE