Sobe para 49 o número de mortos nos ataques contra mesquitas na Nova Zelândia
Sydney (Austrália), 15 mar (EFE).- A polícia da Nova Zelândia confirmou que subiu para 49 o número de mortos, nesta sexta-feira, por conta dos ataques contra duas mesquitas na cidade de Christchurch, onde também ficaram feridas 20 pessoas.
O comissário da Polícia da Nova Zelândia, Mike Bush, confirmou que o alerta continua no seu nível máximo em todo o país devido aos ataques, classificados de "terroristas".
Um total de 41 vítimas morreram no tiroteio mesquita de Al Noor, enquanto outras sete no Centro Islâmico de Linwood e outra pessoa foi declarada morta no hospital.
Bush manifestou que apresentaram acusações por assassinato contra um dos detidos, descrito como um homem de aproximadamente 30 anos, que amanhã estará à disposição da Justiça.
Dos outros três detidos, o comissário afirmou que dois estavam de posse de armas e o envolvimento deles no ataque será investigado, enquanto que a quarta pessoa não tinha qualquer relação com o caso e foi liberada.
O ataque aconteceu no início da tarde, em duas mesquitas localizadas no centro de Christchurch, a maior cidade da Ilha Sul do país.
"Isto só pode ser descrito como um ataque terrorista", afirmou a primeira-ministra Jacinta Ardern.
Ela classificou o ataque de "extrema ideologia e extrema violência" e disse que não tem "precedentes" na Nova Zelândia, país que descrito por ela como diverso e aberto.
Um dos tiroteios foi retransmitido ao vivo através das redes sociais pelo agressor, que aparece em trajes militares dentro da mesquita disparando à queima-roupa em várias pessoas com uma arma automática.
Nas redes sociais também circula um manifesto dos agressores que incluiria qualificações pejorativas contra os muçulmanos.
"Ele é claramente um supremacista branco que planejou isso por dois anos", disse um analista em segurança à emissora "Radio New Zeland". EFE
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