Número de mortos em ataques a mesquitas na Nova Zelândia sobe para 50
Christchurch, 17 mar (EFE).- O número de mortos nos ataques cometidos na sexta-feira contra duas mesquitas da cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, subiu de 49 para 50.
Em entrevista coletiva concedida neste sábado, o comissário da Polícia da Nova Zelândia, Michael Bush, afirmou que uma nova vítima foi encontrada na mesquita de Linwood, um dos palcos dos ataques.
Segundo o comissário, 36 pessoas ainda estão hospitalizadas.
Bush também afirmou que as autoridades acreditam que o australiano Brenton Tarrant foi o único responsável pelo atentado.
"Até o momento, só ele foi acusado por relação com os ataques, mas nada é conclusivo", ressaltou o comissário.
Perguntado sobre as pessoas detidas depois dos ataques, Bush explicou que uma mulher foi libertada sem ser acusada e um homem segue preso por crimes ligados a posse irregular de armas. Mas as autoridades não acreditam que ele tenha ligação com o terrorista.
Já um jovem preso na própria sexta-feira será ouvido em uma audiência na segunda. No entanto, o comissário não esclareceu qual seria a relação dele com o homem suspeito de atacar as mesquitas.
As autoridades da Nova Zelândia agora tentam identificar as vítimas para que os corpos possam ser entregues aos familiares o mais rápido possível.
Ao longo do fim de semana, a imprensa local começou a revelar os nomes de alguns dos mortos no atentado. Mucad Ibraim, de 3 anos, estava em uma das mesquitas com o pai e o irmão mais velho, Abdi.
Sayyad Milne, de 14 anos, também está entre as vítimas. O pai do menino, John Milner, o descreveu como um "pequeno soldado valente".
Ontem, Tarrant foi acusado por homicídio pela promotoria da Nova Zelândia. A expectativa, porém, é que ele seja denunciado por outros crimes antes do julgamento no Tribunal Superior, no dia 5 de abril.
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, se reuniu com os sobreviventes e membros da comunidade muçulmana de Christchurch para expressar apoio e anunciar uma reforma na lei sobre o acesso às armas no país. EFE
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