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Putin inaugura centrais elétricas na Crimeia no 5º aniversário da anexação

18/03/2019 11h15

Moscou, 18 mar (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, inaugurou nesta segunda-feira duas usinas termelétricas na Crimeia por ocasião do quinto aniversário da reunificação da península com seu país, que é considerada uma anexação pela Ucrânia e pela maior parte da comunidade internacional.

"Com tais volumes será suficiente não só para cobrir as próprias necessidades, dados os planos de desenvolvimento da Península da Crimeia, mas também para fornecer às regiões vizinhas em caso de necessidade", disse Putin, segundo a emissora de televisão russa.

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Com a inauguração das duas usinas, a Crimeia passa de uma geração de pouco mais de 1.100 megawatts de eletricidade para 2.070 megawatts.

Putin admitiu que a atual geração era "absolutamente insuficiente" para fornecer energia a escolas, hospitais e residências, e para desenvolver a indústria e o turismo local.

"A situação mudou radicalmente", afirmou Putin que, entre outros atos, presidirá esta noite um espetáculo musical comemorativo.

Segundo o porta-voz presidencial, Dmitri Peskov, a entrada em funcionamento das centrais elétricas simboliza a plena autonomia energética do território, que está unido ao resto do continente russo por uma ponte inaugurada por Putin em maio de 2018.

De acordo com pesquisas recentes, 89% dos crimeanos apoiam a reunificação, enquanto esse percentual é de 88% entre os russos.

Os crimeanos celebraram no sábado o quinto aniversário do referendo no qual mais de 95% dos moradores da região que era controlada pela Ucrânia se manifestaram em favor do rompimento dos laços com Kiev.

Dois dias depois, em 18 de março de 2014, Putin e os líderes da Crimeia e Sebastopol assinaram no Kremlin os tratados de incorporação desses territórios à Federação da Rússia.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, que está em plena campanha eleitoral, por sua vez garantiu que "a Crimeia será devolvida à Ucrânia".

"A Ucrânia não cede a qualquer negociação, a qualquer acordo secreto. Faremos o possível para que isso aconteça o mais rápido possível, imediatamente depois das eleições presidenciais", disse o líder ucraniano.

Poroshenko contou desde o princípio com o apoio de Ocidente, que impôs sanções a Moscou pouco depois da anexação. EFE

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