Ardern diz que Facebook tem "muito a fazer" no combate ao discurso de ódio
Sydney (Austrália), 28 mar (EFE).- A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, disse nesta quinta-feira que o Facebook tem "muito a fazer" frente aos discursos de ódio após o anúncio feito pela rede social que proibirá este tipo de conteúdo.
A empresa anunciou o veto a mensagens de exaltação, apoio e representação do nacionalismo e do separatismo brancos no Facebook e Instagram, duas semanas depois que um supremacista branco matasse 50 pessoas em Christchurch, no sul da Nova Zelândia.
A premier ressaltou nesta cidade que o anúncio deveria ter sido incluído desde o início nos estatutos contra as mensagens de ódio do Facebook, e afirmou que, como as redes sociais são globais, a "solução deve ser global".
"Apesar disso, é positivo que o esclarecimento tenha sido feito após o ataque em Christchurch", disse a governante, afirmando em seguida que a Austrália também discute a possibilidade de impor sanções a empresas que administram redes sociais se não impedirem a disseminação de "material extremista".
O suposto autor do massacre, o australiano Brenton Tarrant, transmitiu ao vivo o ataque às duas mesquitas onde aparecia disparando à queima-roupa contra os fiéis, e publicou um manifesto de mais de 70 páginas justificando suas ações.
Na semana passada, o Facebook admitiu que seu sistema de inteligência artificial para detectar conteúdo não permitido na rede social "não é perfeito" e que não conseguiu reconhecer o vídeo do ataque em Christchurch.
A ação foi transmitida ao vivo e foi vista cerca de 4 mil vezes antes do Facebook retirar a gravação pela primeira vez, embora mais tarde houvesse usuários da Internet que tentaram, com sucesso ou não, coloca-la novamente mais de um milhão de vezes.
Além do Facebook, Youtube, o portal de vídeos de propriedade da Alphabet (matriz do Google), também informou da retirada de "dezenas de milhares" de vídeos do ataque na sua plataforma e garantiu que o que aconteceu "é inédito" nesse site, "tanto pela sua escala como pela sua rapidez". EFE
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