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Juiz de Nova York decide encerrar caso contra ex-advogado de Trump

17/07/2019 16h12

Nova York, 17 jul (EFE).- Um juiz de Nova York encerrou nesta quarta-feira um caso contra Michael Cohen, ex-advogado pessoal do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, e decidiu retirar o sigilo sobre os documentos coletados durante as investigações.

O juiz William Pauley, responsável pelo caso, negou um pedido da Casa Branca para manter em segredo os documentos e afirmou que, com o arquivamento do processo, todo o americano deve ter a oportunidade de revisar o material recolhido pelos investigadores.

Entre os documentos mantidos sob a custódia da Justiça estão os arquivos obtidos pelo FBI (a polícia federal investigativa dos EUA) em operações de busca e apreensão na casa e no escritório de Cohen.

Alguns deles já foram revelados em fevereiro após pedido feito por veículos de imprensa e mostram violações das normas de financiamento de campanha pelos pagamentos que o advogado fez em nome de Trump a duas mulheres com quem o atual presidente manteve relações extraconjugais.

"As violações no financiamento de campanha discutidas nos documentos são um assunto de importância nacional", escreveu o juiz na decisão publicada hoje.

Cohen foi condenado a três anos de prisão após se declarar culpado de oito crimes, entre eles evasão de divisas. Além disso, o advogado confessou ter enganado o Congresso sobre detalhes de um projeto imobiliário de Trump na Rússia.

Após a prisão, Cohen prestou novo depoimento ao Congresso e afirmou, entre outras coisas, que Trump sabia que um dos funcionários de sua campanha eleitoral estava em contato com o WikiLeaks para receber milhares de e-mails que haviam sido roubados do Partido Democrata. As mensagens visavam prejudicar a então candidata Hillary Clinton.

A investigação sobre os vínculos entre a campanha de Trump e o governo da Rússia para prejudicar Hillary, feita pelo procurador especial Robert Mueller, não encontrou provas de que houve conluio. No entanto, Mueller deixou aberta a possibilidade de denunciar o presidente pelo crime de obstrução de justiça por tentar interferir no caso. EFE