Topo

Rússia nega ter derrubado avião malaio e pede "análise imparcial"

17/07/2019 10h48

Moscou, 17 jul (EFE).- A Rússia voltou a negar nesta quarta-feira sua responsabilidade com a queda do voo MH17 da Malaysia Airlines, que foi abatido por um míssil no leste da Ucrânia há cinco anos, e pediu uma "análise imparcial" de todos os dados sobre o incidente, que deixou 298 mortos.

"Pedimos à Equipe de Investigação Conjunta (JIT) que se concentre na tarefa principal: uma análise imparcial de todos os dados à disposição para determinar as verdadeiras causas do ocorrido e a busca pelos verdadeiros culpados", informou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em comunicado.

A Chancelaria afirmou que a tragédia no leste da Ucrânia "se transformou em um instrumento de jogos políticos sujos" para acusar a Rússia.

Todas as versões apresentadas até agora pelos investigadores tinham como objetivo "justificar as acusações sobre o envolvimento da Rússia", acrescenta a nota.

O Ministério das Relações Exteriores também negou as acusações sobre os supostos empecilhos impostos por Moscou para esclarecer as causas da catástrofe, ao afirmar que, apesar de não participar da investigação, "desde o primeiro dia da tragédia coopera estreitamente com a Holanda, com o Conselho de Segurança holandês e com o JIT" proporcionando todas as informações disponíveis.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse hoje que a Rússia considera como "não objetiva" a investigação internacional, formada por mais de 100 analistas dos cinco países afetados (Holanda, Austrália, Ucrânia, Malásia e Bélgica).

"Desde o início, a Rússia ofereceu sua participação e cooperação para estabelecer a culpabilidade desta terrível tragédia. Não nos deram esta oportunidade, de modo que não podemos aceitar os resultados da investigação da qual nosso país não participou", ressaltou Peskov. EFE