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Partidos de oposição entram em acordo e não apoiarão antecipação das eleições

06/09/2019 09h47

Londres, 6 set (EFE).- O Partido Trabalhista de Jeremy Corbyn e outras legendas de oposição no Reino Unido chegaram nesta sexta-feira a um acordo para não apoiar a proposta do primeiro-ministro Boris Johnson de convocar eleições antecipadas.

Segundo informaram hoje vários grupos políticos, os trabalhistas e outros partidos, entre eles os liberal-democratas e os nacionalistas da Escócia, concordaram em votar contra o pedido da antecipação eleitoral ou abster-se na votação da próxima segunda-feira.

O governo indicou ontem que Johnson voltará a pedir o apoio da Câmara dos Comuns na segunda-feira para convocar novo pleito - no próximo dia 15 de outubro - com o objetivo de superar a grave crise do Brexit.

A primeira tentativa foi frustrada pela oposição na última quarta-feira, que considerou prioritário aprovar antes o projeto de lei que exige ao Governo solicitar à UE uma prorrogação do Brexit, cuja data está marcada para o dia 31 de outubro.

Como se trata de eleições antecipadas, o premier necessita do apoio de dois terços da câmara.

Os trabalhistas, os liberal-democratas, o Partido Nacional Escocês (SNP, sigla em inglês) e o galês Plaid Cymru mantiveram contatos hoje e concordaram em não aceitar que as eleições gerais sejam realizadas antes da cúpula europeia, prevista para o dia 17 do próximo mês.

Uma porta-voz dos liberal-democratas afirmou aos veículos de imprensa que os líderes dos distintos partidos conversaram por teleconferência e que estes contatos foram "construtivos".

O deputado Ian Blackford, líder do SNP na Câmara dos Comuns, disse aos jornalistas que seu partido quer ter a certeza de que o Reino Unido não sairá da UE no final de outubro sem um acordo.

Por sua vez, Boris Johnson insistiu em que os partidos de oposição estão cometendo "um grande erro".

A Câmara dos Lordes aprova hoje o projeto de lei que exige ao governo britânico solicite um atraso da saída do Reino Unido da UE se não houver acordo antes de 31 de outubro. EFE