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Johnson e Juncker concordam em "intensificar" conversas sobre o Brexit

16/09/2019 10h29

Londres, 16 set (EFE).- O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Jucker, concordaram que é necessário "intensificar" as conversas sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), informou Downing Street nesta segunda-feira.

Johnson ressaltou também que não solicitará um adiamento do Brexit, que por enquanto está previsto para ocorrer no dia 31 de outubro, afirmou um porta-voz do gabinete do premiê.

A oposição política conseguiu na semana passada tramitar uma lei que obriga o governo britânico a pedir uma postergação da saída caso não seja alcançado um acordo com a UE até 19 de outubro.

Johnson e Juncker, que se reuniram nesta segunda-feira em Luxemburgo, "concordaram com a necessidade de intensificar as conversas e que as reuniões em breve aconteçam diariamente", explicou o porta-voz.

Ambos acreditam que as conversas devem ocorrer em nível político entre o negociador do Brexit da UE, Michel Barnier, e o ministro para a saída do Reino Unido da UE, Steve Barclay, acrescentou a fonte.

Durante o encontro, o primeiro-ministro destacou que está comprometido com o processo de paz na Irlanda do Norte e determinado a conseguir um acordo com a UE sem a polêmica salvaguarda relacionada à província britânica.

Essa cláusula tem como objetivo evitar uma fronteira física entre Irlanda e Irlanda do Norte depois do Brexit. A medida visa que a Irlanda do Norte continue alinhada às regras do bloco caso os outros integrantes do Reino Unido não cheguem a um acordo sobre a futura relação comercial depois de um período de transição.

"O primeiro-ministro também reiterou que não pediria uma prorrogação e que tiraria o Reino Unido da UE no dia 31 de outubro", acrescentou a nota do porta-voz de Downing Street.

Johnson, que chegou ao poder em julho, conseguiu uma suspensão temporária do Parlamento britânico até 14 de outubro, quando espera apresentar uma nova agenda legislativa do governo. Os opositores expressaram rejeição a essa decisão com o argumento de que a Câmara dos Comuns não terá tempo suficiente para debater o Brexit. EFE