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Profissionais de mídia criticam tratamento dado pela polícia na Bolívia

Segundo a Defensoria do Povo Boliviano, pelo menos oito profissionais foram feridos desde as eleições de 20 de outubro Imagem: Danilo Balderrama/Reuters

08/11/2019 17h40

La Paz, 8 nov (EFE) - Um incidente com um fotojornalista, que foi liberto depois de ser levado para uma delegacia, resultou nesta sexta-feira em um aumento das críticas às ações da polícia boliviana em relação à mídia na crise vivenciada pela Bolívia.

Gastón Brito, um renomado fotojornalista que trabalha para o jornal "Página Siete" em La Paz, foi levado à delegacia da Força Especial de Combate ao Crime quando estava em um hotel no centro da cidade.

Após sair da delegacia, revelou à imprensa que os policiais que o levaram disseram que ele tinha que prestar um depoimento para depois ser liberado. O fotojornalista contou que se recusou a fornecer informações sobre um colega, onde estava e para quem trabalhava.

Segundo Brito, integrantes da Direção de Análise Criminal e Inteligência garantiram que ele não não havia sido "detido nem retido", mas que talvez tenha sido alguma ação de membros do Departamento de Migração, embora ele seja boliviano.

"Estou completamente livre", disse o fotógrafo, após relatar que foi gravado em vídeo por alguém enquanto tomava café da manhã em um hotel com outras pessoas.

Antes de sair da delegacia de polícia, Brito declarou em um vídeo transmitido pelas redes sociais que foi levado "por causa de ontem", quando "foi fotografado", em referência a um homem que tem fotografado jornalistas durante as coberturas nos últimos dias em La Paz.

O fotojornalista já havia advertido no Facebook sobre a presença em La Paz de um infiltrado do governo boliviano que "tira fotos dos fotógrafos como se fosse turista e faz a vítima".

O incidente desencadeou uma onda de críticas dos profissionais da mídia do país e a polícia boliviana anunciou que nas próximas horas emitirá um comunicado.

A ação policial tem sido alvo de reclamações dos profissionais da mídia, queixas que se intensificaram nos últimos dias, especialmente pela suposta inação para preservar a integridade dos jornalistas que cobrem os distúrbios no país.

De acordo com a Defensoria do Povo Boliviano, pelo menos oito profissionais foram feridos em coberturas desde as eleições de 20 de outubro.

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