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Japão proibirá entrada de turistas do norte da Itália devido ao coronavírus

10/03/2020 18h34

Tóquio, 10 mar (EFE).- O governo do Japão anunciou nesta terça-feira que impedirá a entrada no país de turistas de várias regiões da Itália, devido ao surto do coronavírus e disse estar considerando usar medidas semelhantes para outros países onde as infecções estão aumentando rapidamente.

O primeiro-ministro Shinzo Abe decidiu sobre as novas restrições da entrada de pessoas no território japonês durante uma reunião realizada hoje com seu gabinete para analisar a epidemia da Covid-19.

A partir de amanhã, o Japão negará o acesso a turistas de cinco regiões do centro e norte da Itália e San Marino (e daqueles que estiveram lá nas duas semanas anteriores), disse Abe.

O premier explicou que a medida se deve ao "rápido aumento das contágios na Itália" e ao isolamento dessas regiões decretado pelo governo italiano e acrescentou que restrições semelhantes são contempladas "em outros países onde o número de infecções está crescendo rapidamente", sem maiores esclarecimentos.

A medida se soma a outras restrições ou proibições de acesso que o Japão já aplica a turistas da Coreia do Sul, China e Irã, países com maior números de casos da Covid-19 juntamente com a Itália.

O governo japonês também decidiu hoje manter até o final do mês o cancelamento de todos os eventos culturais e esportivos que envolvem participação considerável do público, além de outros eventos de massa.

A prorrogação desses cancelamentos durará "cerca de dez dias" e até o próximo dia 19, quando o governo realizará uma reunião com especialistas médicos para decidir se a recomendação será ou não mantida, disse Abe.

Até agora, as autoridades japonesas relataram um total de 1.230 infecções por coronavírus, a maioria delas (696) no cruzeiro Diamond Princess, além de 17 mortes pela Covid-19 (sete delas em passageiros do navio).

O governo adotou hoje um pacote econômico adicional no valor de 1 trilhão de ienes (cerca de R$ 45,6 bilhões), destinado a apoiar empresas e trabalhadores independentes que viram sua renda cair por conta do coronavírus. EFE

ahg/phg