Primeiro-ministro da Índia visita fronteira palco de confronto com a China
O chefe de governo divulgou pelas redes sociais que esteve na cidade de Nimu, no Himalaia, onde fica uma das bases das Forças Armadas e que está a mais de 3 mil metros acima do nível do mar.
Segundo Modi, na visita, foi possível ter contato com os integrantes das tropas locais, que classificou como "corajosas".
O primeiro-ministro liderou ato em homenagem aos 20 militares mortes e também aos 76 que se feriram. O líder fez um discurso para dezenas de soldados, que permaneceram protegidos por máscaras para evitar o contágio pelo novo coronavírus.
"A coragem de vocês é maior do que as montanhas em que vocês estão", afirmou Modi.
No ato, o primeiro-ministro da Índia também dirigiu uma mensagem para a China, em meio ao momento de tensão entre as duas nações.
"Aqueles que são fracos, nunca serão capazes de iniciar a paz. A bravura é um pré-requisito para a paz. A era do expansionismo acabou. A história é uma testemunha de que as forças expansionistas perderam ou foram forçadas a recuar", disse Modi.
TENSÃO MILITAR.
Desde o confronto, no mês passado, a Índia e a China estão em processo de desescalada. O incidente foi considerado o pior entre os dois países, que se acusam mutuamente pelo desenrolar, nos últimos 45 anos.
Militares dos dois países se enfrentaram corpo a corpo, sem uso de armas de fogo, no Vale Galwan. Segundo autoridades indianas, houve mortes no lado chinês, o que não foi confirmado por Pequim.
As duas potências nucleares mantêm uma disputa histórica sobre várias regiões do Himalaia. A China reivindica o Arunachal Pradesh, controlado pela Índia; que por sua vez reivindica o Aksai Chin, administrado pelos chineses.
Paralelamente às reuniões militares e diplomáticas, a Índia anunciou o bloqueio de 59 aplicativos para smartphones, incluindo o popular TikTok, criado na China, sob o argumento de que são prejudiciais ao meio ambiente e à soberania do país.
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