Recuperado da Covid-19, Silvio Berlusconi deixa hospital em Milão
"Posso dizer com satisfação que desta vez também fui poupado", disse o líder da Forza Italia aos muitos jornalistas que o aguardavam, reconhecendo que "este foi o teste mais perigoso da minha vida".
Berlusconi agradeceu "aos céus e aos médicos do hospital San Raffaele" por permitirem que ele superasse essa experiência, e recordou que lhe foi dito após o teste em que deu positivo para Covid-19 que sua carga viral era "a mais alta observada" naquele hospital.
Perto de completar 84 anos, o ex-premiê agradeceu a todas as pessoas que se importaram com ele e mostraram sua simpatia. "A proximidade que senti à minha volta permitiu-me ultrapassar os momentos mais difíceis, que foram muitos nos primeiros três dias", afirmou.
Ele também procurou encorajar todas as pessoas que atualmente estão enfermas com Covid-19 e os parentes que perderam um ente querido.
"Meus pensamentos vão primeiro para os muitos pacientes da Covid e suas famílias", acrescentou ele, dizendo que o perigo não deve ser "subestimado".
"Estamos todos expostos ao risco de infectar outras pessoas, renovo a todos o apelo à máxima responsabilidade pessoal e social", completou.
Seu médico particular, Alberto Zangrillo, disse há poucos dias que Berlusconi provavelmente teria morrido se o contágio tivesse ocorrido em março ou abril, nos piores momentos da pandemia na Itália, quando hospitais e serviços de saúde ficaram sobrecarregados.
"A carga viral do teste nasofaríngeo de Berlusconi era tão alta que em março/abril certamente não teria o resultado que felizmente teve agora. Teria matado ele? Absolutamente sim, provavelmente sim, e ele sabe disso", disse Zangrillo. EFE
vh/phg
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