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Tribunal Supremo da Espanha abre nova investigação contra rei Juan Carlos

03/11/2020 15h29

Madri, 3 nov (EFE).- A Procuradoria do Tribunal Supremo da Espanha assumiu mais uma investigação sobre caso de corrupção envolvendo o rei Juan Carlos, que se junta a outra aberta sobre uma conta mantida na Suíça pelo antecessor e pai de Felipe VI, e a uma sobre uma obra em Meca, na Arábia Saudita.

A informação do novo procedimento foi publicada nesta terça-feira no site "Eldiario.es". O veículo revelou que além do monarca, a rainha Sofia, mulher de Juan Carlos, e diversos familiares, são suspeitos de usar cartões de crédito que eram pagos no exterior, em uma conta que nenhum deles é titular, entre 2016 e 2018.

O rei Juan Carlos abdicou do trono em 2014, em favor de Felipe VI. Desde então, foi perdida a inviolabilidade que era reconhecida pela Constituição da Espanha ao chefe de Estado.

Fontes da Procuradoria informaram que os novos procedimentos são sigilosos, evitando assim, confirmar ou negar as informações publicadas nesta terça-feira. Algumas fontes do próprio órgão indicaram que a notícia, no entanto, "não é exata".

Hoje, a Procuradoria Geral do Estado divulgou uma curta nota, informando que as diligências abertas pela Procuradoria Anticorrupção se somam as que realiza a Procuradoria do Tribunal Supremo, sobre a conta na Suíça mantida por Juan Carlos I, além da suposta comissão cobrada para a implantação do trem de alta velocidade em Meca, obra concedida em 2011 à empresas espanholas.

A justiça espanhola investiga operações em solo suíço de uma fundação ligada ao rei, que supostamente manteve ali uma conta em que teria recebido doação do então rei da Arábia Saudita, de cerca de US$ 100 milhões. Do montante, cerca de US$ 76 milhões foram transferidos para uma antiga amiga do monarca Corinna Larsen.

No último dia 29, o Ministério Público comunicou a abertura de uma investigação interna para esclarecer o vazamento de dados sigilosos para um veículo de comunicação. O órgão pediu que seja indicado quem mantinha e quem tinha acesso às informações.

Juan Carlos I anunciou em agosto deste ano que iria passar a viver fora da Espanha, em meio a queda de popularidade, devido às diversas denúncias de negócios obscuros se possíveis delitos. EFE

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