Caravana de Evo Morales é recebida com vaias e ovada em cidade boliviana
Na saída do aeroporto Apiaguaiki Tumpa, a caravana foi atacada por pessoas que estavam com faixas e cartazes com mensagens de repúdio à presença do ex-presidente.
Os manifestantes chamaram Morales de "pedófilo" e "estuprador", em referência a algumas acusações de estupro e tráfico humano feitas contra o político e que acabaram não evoluindo nos tribunais.
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Várias mulheres que lideraram os protestos esclareceram que sua rejeição a Morales não é "uma questão contra o MAS (Movimento ao Socialismo)", partido do ex-presidente e que elas disseram apoiar. Elas alegaram que Morales "não deixa Luis Arce - o atual presidente do país - trabalhar".
Morales esteve mais tarde em um evento de campanha em um centro esportivo, onde pediu apoio para o candidato a governador Juan Carlos León, e ao final teve que ser escoltado por militantes do partido diante dos protestos dos moradores que rejeitavam sua presença.
O ex-presidente tem estado permanentemente ativo antes e depois da campanha para as eleições regionais como líder do MAS, e sua visita a Monteagudo faz parte das atividades de seu partido no segundo turno eleitoral para eleger o governador de Chuquisaca.
Em dezembro do ano passado, quando a campanha para as eleições regionais bolivianas estava apenas começando, Morales recebeu uma vaia em um evento do MAS em um município na região de Cochabamba, reduto político e sindical do ex-presidente.
No primeiro turno das eleições regionais, em 7 de março, o MAS emplacou governadores em Cochabamba, Oruro e Potosí, e para o segundo turno, em 11 de abril, tem candidatos em outros três departamentos da Bolívia.
Entre as principais cidades bolivianas, a oposição venceu a disputa pelas prefeituras de La Paz, El Alto, Cochabamba, Santa Cruz, Potosí, Tarija, Trinidad e Cobija, e o MAS levou a melhor na capital, La Paz, e em Sucre e Oruro.