Venezuela pede à ONU investigação de "violência colombiana" contra o país
Em comunicado, o chanceler afirmou que o governo venezuelano pediu na carta para que seja aproveitada a próxima reunião do conselho, na qual será abordado o processo de paz na Colômbia, para iniciar a investigação.
Arreaza também disse que espera que os integrantes estudem o impacto dessa violência na economia, no povo, na geografia e na estabilidade da Venezuela.
O pedido foi feito após a morte de oito militares venezuelanos e nove guerrilheiros de um grupo armado composto por ex-integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em combates no estado de Apure, na fronteira entre os dois países.
Apesar das poucas informações divulgadas por fontes militares ou do governo venezuelano, que não identificaram o grupo armado contra o qual as forças armadas estão lutando, elas publicaram fotos de uniformes apreendidos nos quais o logotipo e as iniciais das Farc podem ser vistos.
Além disso, várias ONGs denunciaram que milhares de pessoas tiveram que fugir da área dos combates e cruzar a fronteira em direção à Colômbia.
"Nesta extensa carta pedimos ao Conselho de Segurança da ONU que (...) no âmbito de sua próxima reunião trimestral sobre a Colômbia, resolva investigar as atividades dos grupos armados colombianos que, a partir do território daquele país, realizam ataques armados contra o território e a população venezuelana", reiterou Arreaza.
O chanceler venezuelano contou ainda que, em outra carta, pediu intermediação da ONU na abertura de um canal de comunicação com a Colômbia.
Arreaza disse que vai enviar uma terceira carta, desta vez ao governo do México - o país ocupa a presidência rotativa da Comunidade dos Estados da América Latina e Caribe (Celac) - para pedir que "aja" para conseguir estes "canais de comunicação" e, desta forma, "garanta a paz regional".
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