Presidente da Argentina volta a reivindicar soberania das Ilhas Malvinas
"É uma reivindicação legítima que a Argentina faz, sustenta e persiste, que é a reivindicação de que eles devolvem a terra que nos foi usurpada", declarou Fernández em um evento para o Dia da Afirmação dos Direitos Argentinos sobre as Ilhas Malvinas.
O dia é comemorado em memória de 10 de junho de 1829, quando o então governo argentino criou o Comando Político e Militar das Malvinas. Então, em 1833, o Reino Unido ocupou o arquipélago e despejou seus habitantes e as autoridades argentinas, que desde então sempre reivindicaram a soberania sobre as ilhas.
Fernández declarou que a questão das Malvinas causa "enormes dores" em seu país. "A Argentina declarou incansavelmente sua decisão de recuperar esse território. É inquestionavelmente território argentino", considera o chefe de Estado.
O presidente lembrou que em 1965 as Nações Unidas decidiram que a Argentina e o Reino Unido deveriam se sentar à mesa de negociações para buscar uma solução para um problema reconhecido mundialmente.
"A Argentina fez muitos esforços para encontrar um ponto de diálogo e acordos com os usurpadores, mas não correu bem", lamentou Fernández, que acredita que os britânicos se estabeleceram nas Malvinas "por razões econômicas e militares, por um melhor controle do Atlântico Sul".
A Argentina e o Reino Unido entraram em conflito pela soberania sobre as Malvinas em uma guerra que começou em 2 de abril de 1982, com o desembarque das tropas argentinas no arquipélago, e terminou em junho desse ano com a rendição às forças britânicas. Na guerra, morreram 255 ingleses, três ilhéus e 649 argentinos.
"Custa-nos lembrar desse resultado, que de forma alguma mancha o feito heroico daqueles que estiveram lá", comentou Fernández. "A diplomacia deve nos levar a recuperar aquele território. Não devemos arriscar mais vidas argentinas em busca de uma solução, mas temos que colocar todo nosso esforço, determinação e coragem para reivindicar perante as organizações multilaterais aquilo que nos corresponde. As Malvinas são, foram e serão argentinas", acrescentou. EFE
nk/dr
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