Sánchez anuncia que proporá indultos para líderes independentistas catalães
Durante uma coletiva na capital catalã, Sánchez disse que optou pela "harmonia" ao defender esta medida, que conta com a oposição tanto dos partidos de direita espanhóis como dos partidos catalães pró-independência, que pedem "anistia".
O governante espanhol justificou os indultos aos líderes da independência pela sua "utilidade pública" e porque este tipo de medida é necessário "em determinados momentos".
A tensão política entre os ativistas pró-independência catalães e o governo espanhol durou quase uma década e atingiu seu auge em 1º de outubro de 2017, quando foi realizado um referendo ilegal de secessão, e pouco depois, no dia 27 daquele mês, o parlamento regional da Catalunha aprovou uma declaração unilateral de independência.
Como resultado deste processo, em outubro de 2019 o Supremo Tribunal espanhol condenou nove líderes catalães a penas de 9 a 13 anos de prisão por crime de sedição. Quatro deles também foram condenados por desvio de dinheiro público e todos foram desqualificados para exercer qualquer cargo público.
Dada a rejeição de alguns partidos a esta medida, incluindo o Partido Popular (PP), o principal grupo de oposição, Sánchez lhes pede que reconheçam "sua plena legalidade e sua absoluta constitucionalidade".
Em sua mensagem, o chefe do Executivo espanhol destacou estar ciente de que parte da sociedade catalã e espanhola se opõe à sua concessão, mas afirmou que "o futuro tem que ser mais importante do que o passado" e que esta medida "dará a todos a possibilidade de recomeçar e fazer as coisas melhor".
"Vamos restaurar a convivência, não do esquecimento, mas do respeito, do sentimento e do carinho", concluiu.
Depois que a mensagem de Sánchez foi divulgada, o líder do PP, Pablo Casado, acusou o presidente do governo espanhol de dar um "golpe de misericórdia à legalidade" com o indulto aos condenados no processo de independência e já antecipou que, caso seja aprovado, apresentará recursos perante os tribunais.
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