Argentina está nas últimas fases de negociação para fechar acordo com Pfizer
"Estamos nas últimas fases das negociações com a Pfizer", afirmou Vizzotti em declarações à "Radio Metro", ao acrescentar que "estão sendo feitos esforços" para fechar um acordo bilateral com as farmacêuticas Janssen e Moderna.
Estas declarações chegam após vários meses de controvérsia com o principal grupo da oposição, Justos pela Mudança, que acusa o governo de lentidão na vacinação, de não ter sabido gerir a chegada de vacinas em grande escala e de não ter esclarecido porque não chegou a um contrato com a Pfizer, como tantos países do mundo fizeram.
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No dia 8 de junho, o porta-voz local da Pfizer, Nicolás Vaquer, disse na Câmara dos Deputados que o laboratório não chegaria a um acordo com a Argentina até que a lei de vacinas do país fosse modificada.
Naquela ocasião, Vaquer disse que "o marco legal não é compatível com alguns dos aspectos contratuais que a Pfizer está propondo".
Ao todo, a Argentina fechou contratos com vários fornecedores de vacinas para receber pelo menos 58.924.000 unidades. Até agora, o país recebeu 35% do que reservou.
Até o momento, 18.646.784 doses de vacinas contra a covid-19 foram aplicadas na Argentina, das quais 14.886.910 pessoas foram vacinadas com uma dose e 3.759.874 com duas.
TROCA DE DOSES E REFORÇO.
Vizzotti disse que a possibilidade de combinar doses de diferentes laboratórios está sendo estudada, mas que no momento as autoridades esperam "mais provas sobre a combinação de diferentes plataformas de vacinas".
A perspectiva de utilizar vacinas de diferentes fabricantes tem a ver com o atraso na dosagem com o componente dois da vacina russa Sputnik V.
Mesmo assim, Vizzotti argumentou que "não haveria necessariamente uma dificuldade de acesso", mas que poderia ser mais uma forma "de expandir e clarificar a campanha de vacinação".
A ministra se reunirá na próxima quarta-feira com a Comissão Nacional de Imunizações para avaliar as probabilidades existentes sobre o intercâmbio de vacinas.
Ao comentar sobre a possibilidade de ser necessário uma terceira dose de reforço, ela explicou que "sempre se soube que os vírus respiratórios têm mutações e o período de imunização não é bem conhecido" e que "todos os laboratórios já estão pensando em doses de reforço".