Chile prorroga estado de catástrofe por pandemia até 30 de setembro
O Senado e a Câmara dos Deputados aprovaram nesta quinta-feira o pedido que havia sido feito pelo presidente Sebastián Piñera, principalmente devido às novas cepas do coronavírus e o risco de uma nova onda de contágios no inverno.
Hoje foi confirmada a presença em território chileno do primeiro caso da variante delta, em uma mulher de 43 anos que voltou dos Estados Unidos.
A proposta do presidente de estender o estado de catástrofe e assim poder manter as restrições de circulação, quarentena e toque de recolher foi adiante no Congresso, apesar de não ter conquistado o apoio unânime dos legisladores do bloco governista.
Alguns deles rejeitaram a medida alegando que é necessária mais abertura, pelo menos para os vacinados e para as empresas, e que o toque de recolher deveria ser suspenso.
ESTADO DE CATÁSTROFE PERDURA DESDE MARÇO DE 2020.
A declaração do estado de catástrofe por calamidade pública cabe ao presidente do país, mas como a medida está em vigor há mais de um ano desde sua primeira promulgação, requer a aprovação do Congresso por maioria simples.
A iniciativa foi inicialmente adotada em 18 de março de 2020 por um período de 90 dias, apenas duas semanas após a confirmação da primeira infecção por coronavírus no país.
Desde então, e contando esta quinta-feira, o estado de catástrofe foi prorrogado cinco vezes, sempre pelo mesmo período de tempo, como uma medida-quadro sob a qual se aplicam outras restrições para impedir a circulação do vírus SARS-CoV-2.
Com 3.448 infectados e 51 mortes detectadas nas últimas 24 horas, o país parece estar emergindo de uma segunda onda que colocou o sistema hospitalar sob pressão. Além disso, forçou o fechamento das fronteiras e uma quarentena em toda a capital.
Tudo isso no contexto de um processo de vacinação bem sucedido que já aplicou as duas doses necessárias em 65% das 15 milhões de pessoas da população alvo e mais 15% com uma injeção.
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